A medida é necessária, de acordo com o vice-presidente Hamilton Mourão, para mostrar resultados no combate ao desmatamento
O vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia, Hamilton Mourão, anunciou nesta segunda-feira 26/10 que a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que assegura o trabalho das Forças Armadas na Amazônia, será prorrogada até abril.
O atual decreto vence em novembro. A medida é necessária, de acordo com Mourão, para mostrar resultados no combate ao desmatamento.
“Vamos prorrogar até abril, o presidente tem que assinar entre esta semana e semana que vem. Nós estamos com recurso e ele é suficiente para ir até abril. Tinham sido alocados R$ 400 milhões, acho que ainda tem R$ 180 milhões”, afirmou o vice-presidente, em conversa com jornalistas na entrada de seu gabinete.
“Nós precisamos prosseguir porque a gente quer entrar em um círculo virtuoso de queda do desmatamento. Para derrubar [os números] nós temos que ter gente em campo, fiscalizando”, complementou.
O combate a ilegalidades na floresta tem gerado atritos entre integrantes da ala militar do governo e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que, irritado com o congelamento de recursos, já determinou a saída de brigadistas das ações de combate a queimadas e desmatamento em duas oportunidades. As medidas foram revertidas após ajustes internos.
Questionado sobre as provocações que Salles fez na semana passada chamando o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, de “maria fofoca” e “banana de pijama”, Mourão opinou que as divergências deveriam ser tratadas internamente.
“Não existe unanimidade [no governo]”, admitiu. “Mas os ministros são o Estado Maior do presidente, se está havendo alguma rusga o comandante tem que intervir e dizer ´vamos baixar a bolinha aí, vamos se acalmar'”.
Texto com informação do Valor Econômico
Fotos: Reprodução