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Governo do Amazonas volta a fechar bares e balneários em Manaus

Medida também fecha casas de festas e praias e vai durar 30 dias. Novo decreto anuncia, ainda, restrições de atividades.

O Governo do Amazonas voltou a decretar o fechamento de bares e balneários em Manaus. A medida foi anunciada nesta quinta-feira (24) e as restrições devem durar 30 dias, a partir desta sexta (25). As aulas presenciais nas escolas públicas estão mantidas.

Manaus tem 48.389 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia e começou a flexibilizar o isolamento social em junho. No entanto, no Amazonas o total de casos 133.413 e 3.984 mortes, até o dia 23/09.

Segundo o governador Wilson Lima, a tendência de casos da Covid nos acende um alerta. “Estamos tomando essa decisão por conta da falta de respeito de alguns de seguir os protocolos. Ninguém usava mais máscaras e juntava em uma aglomeração. E aí acabava sendo um foco de transmissão do Covid-19”, disse o governador do Amazonas.

Segundo a Vigilância Epidemiológica do estado, há uma tendência de aumento de casos de Covid-19 observada nas últimas semanas devido, principalmente, a aglomerações. O Amazonas contabilizou 9 mortes por dia na última semana — a variação foi de 39% em relação à média de 14 dias anteriores.

“Estamos tomando hoje medidas restritivas e fechamento de estabelecimentos para priorizar o que é importante. Não vou deixar balada aberta e escola fechada”, disse Wilson Lima.

A medida, que ainda será publicada no Diário Oficial do Estado, vai suspender funcionamento de bares que não tenham funcionamento primário como restaurante. Lojas de conveniência e restaurantes poderão funcionar até as 22h.

Também fica suspenso a abertura de:

  • praias
  • balneários
  • casas de show
  • flutuantes

Bares, balneários e restaurantes de Manaus já estavam reabertos ao público desde de junho, quando teve início o 4º ciclo de reabertura do comércio.

Ocupação de leitos

No dia 11, o governo havia divulgado uma desaceleração na queda de casos. A diretora-presidente da Fundação de Vigilância e Saúde (FVS-AM), Rosemary Pinto, afirmou que as aglomerações são os principais vetores de transmissão identificados pelo órgão nas últimas semanas.

De acordo com ela, na ocasião, havia “um pequeno crescimento no número de casos atendidos em unidades privadas de saúde.

Até esta quarta-feira (24), o número de pacientes internados com Covid-19 era de 298, sendo 199 em leitos clínicos (82 na rede privada e 117 na rede pública), 96 em UTI (45 na rede privada e 51 na rede pública) e três em sala vermelha, estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos.

A taxa de ocupação na rede privada é de 65,17% em leitos de UTI e 64,74% em leitos clínicos. Já na rede pública, a ocupação de leitos UTI chega 72 % e 40,36% em leitos clínicos.

Covid-19 no Amazonas

O governo do estado informou, por meio de nota, que os dados apontam uma alta na média móvel de internações pela doença após meses de queda, mas descartou que o estado esteja vivendo uma segunda onda da doença.

A primeira onda ocorreu durante os meses de abril e maio, quando o sistema público de saúde entrou em colapso, com quase 100% de ocupação. A capital amazonense acabou sofrendo colapso, também, no sistema funerário e o número de mortes ficou 108% acima da média histórica.

 
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informou que o Hospital Delphina Aziz, que seria aberto para outras enfermidades, permanecerá sendo a unidade referência para o tratamento de Covid-19.

Texto com informação de G1

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