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General Silva e Luna recebe homenagem e compõe a galeria de Engenheiros em destaque do Exército, no RJ

O General do Exército Silva e Luna foi homenageado ontem (13) na Galeria de Engenheiros destaque do Exército, no 1• Batalhão de Engenharia de Combate no Rio de Janeiro. 

O general de Exército Silva e Luna, é um dos mais conceituados militares dos últimos tempos. Sua biografia ilustra uma inteligência refinada e, ao mesmo tempo, de um soldado disciplinado e atento ao princípio do respeito à hierarquia.

Ele foi ministro da Defesa, presidente da Itaipu Binacional, presidente da Petrobras e em todos os cargos entrou e saiu com a honra e a dignidade de um brasileiro que nasceu para servir à Pátria.

Oriundo da Arma de Engenharia construiu pontes de amizades e com a solidez da tradição dos mais elevados ensinamentos do Exército Brasileiro se transformou em referência nacional.

Ontem, foi agraciado com a honraria de ter seu retrato na Galeria de Engenheiros em Destaque do Exército, no 1o Batalhão de Engenharia de Combate,no Rio de Janeiro.

Vamos conhecer mais profundamente este nobre militar,através de suas próprias palavras proferidas na cerimônia que o consagrou como um dos mais respeitados da Arma de Engenharia dos séculos XX e XXI.

Discurso

Foi com surpresa, emoção e orgulho que recebi, do Gen Arruda, Chefe do DEC, a informação de que passaria a integrar a seleta galeria de ENGENHEIROS EM DESTAQUE do nosso Exército, juntando-me a nomes como o do Mal Setembrino, do Gen Lira Tavares e do Gen Enzo.

Obrigado. Muito obrigado por me concederem esta honraria; demonstração de amizade, consideração e apreço – valores que fazem parte do DNA da nossa Arma de Engenharia.

É evidente que essa é uma homenagem síntese. Nela estão contidos todos aqueles que fizeram parte da minha longa jornada no nosso Exército.

Sabemos e sentimos que as pessoas que fizeram e fazem parte da nossa caminhada, marcando nossas vidas, são facilmente reativadas. Basta uma mensagem, uma conversa com o amigo, ou um encontro; e tudo volta no tempo, nos emociona, e acentua que somos, de fato, a soma dos nossos afetos.

A nossa memória afetiva é contrária ao tempo, não obedece a calendários, não caminha com as estações do ano.

O tempo leva a vida; a memória a traz de volta, destaca o que realmente importou, doeu ou fez exultar – eterniza momentos.

O gatilho da emoção vem daí. E este é, para mim, um momento de emoção. E de agradecimento, também.
Bem, foram mais de 45 anos de vida castrense – de cadete a General de Exército. Nunca considerei esse período como uma carreira militar, mas como uma vida de Soldado.

Em 1969, incorporei-me ao Exército, depois, como acontece com todos nós vocacionados, ele incorporou-se a mim.

Soldado fui, sou e continuarei sendo. Assim me conduzi, depois de passar para reserva, em março de 2014, nos desafios que se sucederam, no Ministério da Defesa, na Itaipu Binacional e na Petrobrás.

Nunca transgredi com os nossos valores. Nunca vendi minha alma. Mantive nossos princípios, as mangas arregaçadas, a permanente fé em Deus, e continuei indo dormir ouvindo toques de alvorada.

Sabemos que devagar passam os dias – os anos passam depressa. Os 45, passados na caserna, voaram.

Ainda me vejo “paisano”, “bisonho”, “voador”, com uma mala de “arataca” na mão, cruzando os portões da AMAN – cheio de apreensões e expectativas – entrando num mundo desconhecido.

Foi com surpresa, emoção e orgulho que recebi, do Gen Arruda, Chefe do DEC, a informação de que passaria a integrar a seleta galeria de ENGENHEIROS EM DESTAQUE do nosso Exército, juntando-me a nomes como o do Mal Setembrino, do Gen Lira Tavares e do Gen Enzo.

Obrigado. Muito obrigado por me concederem esta honraria; demonstração de amizade, consideração e apreço – valores que fazem parte do DNA da nossa Arma de Engenharia.

É evidente que essa é uma homenagem síntese. Nela estão contidos todos aqueles que fizeram parte da minha longa jornada no nosso Exército.

Sabemos e sentimos que as pessoas que fizeram e fazem parte da nossa caminhada, marcando nossas vidas, são facilmente reativadas. Basta uma mensagem, uma conversa com o amigo, ou um encontro; e tudo volta no tempo, nos emociona, e acentua que somos, de fato, a soma dos nossos afetos.

A nossa memória afetiva é contrária ao tempo, não obedece a calendários, não caminha com as estações do ano.

O tempo leva a vida; a memória a traz de volta, destaca o que realmente importou, doeu ou fez exultar – eterniza momentos.

O gatilho da emoção vem daí. E este é, para mim, um momento de emoção. E de agradecimento, também.
Bem, foram mais de 45 anos de vida castrense – de cadete a General de Exército. Nunca considerei esse período como uma carreira militar, mas como uma vida de Soldado.

Em 1969, incorporei-me ao Exército, depois, como acontece com todos nós vocacionados, ele incorporou-se a mim.

Soldado fui, sou e continuarei sendo. Assim me conduzi, depois de passar para reserva, em março de 2014, nos desafios que se sucederam, no Ministério da Defesa, na Itaipu Binacional e na Petrobrás.

Nunca transgredi com os nossos valores. Nunca vendi minha alma. Mantive nossos princípios, as mangas arregaçadas, a permanente fé em Deus, e continuei indo dormir ouvindo toques de alvorada.

Sabemos que devagar passam os dias – os anos passam depressa. Os 45, passados na caserna, voaram.

Ainda me vejo “paisano”, “bisonho”, “voador”, com uma mala de “arataca” na mão, cruzando os portões da AMAN – cheio de apreensões e expectativas – entrando num mundo desconhecido.

Isso cobrou o preço de três acidentes fatais, de subordinados; e, para mim, três malárias e uma leishmaniose.
Desse comando, dois anos depois, afastei-me, por três meses, para fazer o Curso de Guerra na Selva, sem estar preparado fisicamente. Consegui virar o jogo, durante o curso, e sair como destaque do COS B-79/2.

Fato semelhante, voltou a acontecer ao assumir o Comando do 6º BEC, que estava com parte do plano de Trabalho, do ano anterior, por concluir, e um trecho de 123 Km, dentro da reserva indígena Waimiri-Atroari, paralisado, por falta de acordo com a tribo. Com a orientação do Gen Enzo – Cmt 2º Gpt Eng Cnst – fechamos um acordo com os índios, e em um mês, retomamos às obras para o asfaltamento do trecho.

Para cumprir essa missão, todo Batalhão passou a trabalhar de segunda a sábado durante dois anos.

Dos outros desafios – nas nossas Escolas, como aluno e como Instrutor; nas duas missões que cumpri no exterior – no Paraguai e em Israel -; no COTER, no CComSEx; na Chefia do Gab do DEC; temos aprendizados. Serão contadas em outro momento.

Depois, nos 12 anos como Oficial General, passei 2 em Tefé, no Comando da 16ª Bda Inf Sl, e os outros 10, trabalhando com o Gen Enzo – na DPatri, na Chefia do Gab do Cmt do Exército, e na Chefia do Estado-Maior do Exército.

Como escreveu o Gen Enzo na minha despedida: “por 10 anos, fomos companheiros inseparáveis de duras jornadas, em momentos extremos, e de decisões silenciosas”.
Foi um mundo de aprendizados e experiências, vivenciando as grandes decisões e as transformações do nosso Exército.

Nesses dois últimos cargos (Ch do Gab do Cmt EB e Ch do EME), pela natureza de suas missões, eles reúnem atividades variadas, complexas e sensíveis, todas com consequências duradoras para a Força.
– Lida com a Alta-Administração do Exército – clientes exigentes, com conhecimento de causa e débito de paciência.
– Lida com problemas que ainda não existem e com outros que já escalaram todos os degraus da solução e ainda estão por resolver.
– Lida com excepcionalidades conferidas somente ao poder discricionário do Comandante do Exército, exigindo um alinhamento diário, com aquela autoridade.
– E lida com a necessidade de dar consequência a todas as ordens, sugestões e pedidos que a Força recebe, permitindo que o Exército continue transitando com desenvoltura pela alma da Nação. Não foi fácil.

Caminhando para concluir, agradeço, mais uma vez, ao Gen Arruda – representando nosso Exército e nossa Arma de Engenharia – essa duradora homenagem.

E a estendo a todos aqueles Chefes, companheiros e subordinados, que me ajudaram a chegar até aqui, com o mesmo entusiasmo do cadete 556. Que me ajudaram a construir o trecho mais longo dessa minha estrada chamada vida; na chuva, no sol, na poeira; com pontes e balsas; curvas, retas, aclives e declives.

Por fim, ressalto que integrar a seleta galeria de ENGENHEIROS EM DESTAQUE me emociona e me compromete, ainda mais, com os princípios, valores e características da nossa Arma; e com a busca de resultados expressivos, para o nosso Brasil, onde quer que eu ainda possa vir a estar, enfrentando desafios; mesmo aqueles que testam nossa capacidade de lidar com incompreensões e incertezas.

Mantenho minha permanente fé em Deus.

Seguimos juntos. Muito obrigado a todos.

Ao braço, firme!

JOAQUIM SILVA E LUNA – Gen Ex Res

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