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Experimento na Fazenda da Ufam vai identificar as práticas ideais para o cultivo de malva

É um trabalho inovador, pioneiro no Amazonas. Inicialmente irá testar o plantio de sementes de malva com diferentes quantidades e tipos de adubo, como parte da Campanha de Expansão da Cultura de Fibras 

O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) e a Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) estão desenvolvendo uma parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) visando aprimorar técnicas de plantio de malva em terra firme para produção de sementes, como parte da Campanha de Expansão da Cultura de Fibras 

A parceria irá reunir acadêmicos da Ufam e técnicos agrícolas do Idam em experimentos inéditos no estado, com o objetivo de estabelecer índices técnicos de produção de sementes.

O experimento que deve iniciar na Fazenda Experimental da Ufam, localizada no Km 38 da rodovia BR-174, consiste na implantação de uma Unidade de Observação, com o objetivo de identificar as práticas ideais para o cultivo de malva destinado à produção de sementes. 

Segundo a diretora da Fazenda Experimental, professora da Ufam Albejamere Pereira, inicialmente, o experimento irá testar o plantio de sementes de malva com diferentes quantidades e tipos de adubo.

“Vamos fazer primeiro um experimento testando diversas doses de adubo orgânico – esterco de galinha – para sabermos que dose melhor responde para a produção de sementes de malva. Depois vamos testar com adubo químico, juntamente fazendo uma análise comparativa com o adubo orgânico para ver qual é a melhor dose, que dá a melhor produção de semente de malva”, elucidou a professora

O experimento também permitirá testar se essas sementes de malva, originárias do Pará, são propícias ao cultivo para a produção de sementes. “Também estamos tentando renovar o nosso banco de germoplasma, para a produção de sementes”, esclareceu Albejamere.

Posteriormente, pretende-se repetir o experimento em Manacapuru e levar o conhecimento adquirido aos produtores, instituindo polos de produção de sementes por todo o estado. Para a professora Albejamere, este trabalho é a única coisa que falta para que se possibilite a produção de sementes de fibras no Amazonas.

“É um trabalho inovador, pioneiro no Amazonas. Sabemos que somos capazes de produzir sementes, já fizemos trabalhos que mostram que somos capazes de produzir. O que falta é a pesquisa definir os indicadores que direcionem a produção de sementes no Amazonas”, disse.

Campanha de Expansão da Cultura de Fibras

Desenvolvida pelo Sistema Sepror, juntamente com a Ufam e com o apoio da indústria têxtil e das cooperativas dos malvicultores e juticultores, a Campanha de Expansão da Cultura da Juta busca impulsionar essa cultura no estado, de forma a fomentar a produção de fibras e abastecer a indústria têxtil no Amazonas, prejudicadas pela dificuldade de aquisição de sementes de malva.

Para este fim, o Governo do Estado tem apoiado os juticultores por meio de medidas como o aumento da subvenção de fibra comercializada e o fornecimento de sementes mediante parcerias com empresas da indústria têxtil.

Embora a malva seja preferida pelo produtor, por conta de seu maior rendimento, a dificuldade de aquisição de sementes da espécie tem prejudicado a produção de fibras e a indústria. 

Por este motivo, o Governo do Estado, através do sistema Sepror, tem trabalhado para apresentar a juta como uma alternativa viável aos malvicultores, ao mesmo tempo em que busca desenvolver formas de tornar as sementes de malva mais acessíveis.

 

Texto com informação da Assessoria

Fotos: reprodução

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