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Exército apoia expedição de pesquisadores da USP na Serra do Imeri

Manaus (AM) – O Exército Brasileiro apoiou um grupo de pesquisadores do Instituto de Biociências da USP, liderado pelo Professor Doutor Miguel Trefaut Rodrigues, em expedição científica na Serra do Imeri. O grupo permaneceu por 11 dias, durante o mês de novembro, na região norte do Estado do Amazonas e coletou cerca de 1.700 amostras de plantas e animais que serão estudados nos próximos anos. Militares do Exército apoiaram a expedição com instruções preparatórias nas áreas de logística, segurança e saúde, com vistas a preparar os pesquisadores para suportar as intempéries da selva amazônica.

O Doutor Trefaut avaliou que experiência não poderia ter sido melhor. “Sem o apoio logístico do Exército não conseguiríamos realizar nossa expedição. Só temos a agradecer o apoio de todos os militares”, declarou.

Trefaut explicou que foi uma expedição espetacular, em um local que, segundo os indígenas Yanomamis, nunca foi habitado. “Isso é muito compreensivo, porque lá em cima não tem caça, não tem alimentos, e é muito íngreme. São inclinações que variam de 60º a 75º e, por isso, foi muito difícil trabalhar lá. Há muitas turfeiras (solo orgânico, similar a lama) e bromélias. Era um passo para frente e dois para trás”, comentou.

Foram coletadas cerca de 1.200 amostras de plantas, muitas de espécies desconhecidas; mais ou menos 160 amostras de répteis e anfíbios, sendo de 12 a 14 espécies novas de largados e anfíbios. “Você nunca faz uma expedição em qualquer lugar da Amazônia para pegar essa proporção de espécies novas. A maioria do que a gente pegou é desconhecido do Brasil, da América do Sul, e do Mundo”, pontuou o pesquisador.

Ainda segundo Trefaut, foram coletadas aproximadamente 60 amostras de peles de aves de 25 espécies, com a possibilidade de algumas serem ainda desconhecidas da ciência. “Coletamos oito espécies de mamíferos, sendo ratos, roedores e morcegos; e coletamos cerca de 230 amostras de sangue de vários vertebrados para estudar as doenças que podem existem naquele lugar. De qualquer maneira, foi uma experiência sensacional, mais ou menos 1.700 amostras coletadas, o que vai dar trabalho para muitos anos”.

Para a empreitada, os pesquisadores foram recebidos pelo Comandante Militar da Amazônia, General Furlan, e conheceram o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) e o 4º Batalhão de Aviação do Exército (4º BAvEx), contando com o apoio do 1º Batalhão de Comunicações e Guerra Eletrônica de Selva (1º B Com GE Sl); da 2ª Brigada de Infantaria de Selva (2ª Bda Inf Sl), em São Gabriel da Cachoeira (AM); e do 3º Batalhão de Infantaria de Selva (3º BIS), em Barcelos (AM).

Em despedida aos pesquisadores, o Chefe de Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia (CMA), General Andrelucio, declarou: “Acredito que os senhores conheceram o Exército Brasileiro em sua plenitude durante a expedição, no relacionamento com os nossos militares. Identificamos pontos que nos unem, como a nossa Amazônia”.

*com informações da assessoria 

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