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EUA oferecem até R$ 60 milhões por informações sobre redes financeiras do Hezbollah na Tríplice Fronteira

O governo dos Estados Unidos anunciou uma recompensa de até US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 60 milhões) por informações que levem à interrupção dos mecanismos financeiros do grupo Hezbollah na região da Tríplice Fronteira, onde convergem Brasil, Argentina e Paraguai.

A iniciativa faz parte do programa Rewards for Justice (Recompensas por Justiça), administrado pelo Departamento de Estado dos EUA, que busca desmantelar redes de financiamento de organizações consideradas terroristas. O foco está em identificar e neutralizar fontes de renda, facilitadores financeiros, instituições ou empresas vinculadas ao Hezbollah.

Segundo as autoridades americanas, o Hezbollah gera cerca de US$ 1 bilhão por ano por meio de apoio direto do Irã, investimentos internacionais, redes de doadores, corrupção e atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, contrabando de carvão e petróleo, comércio ilegal de diamantes, falsificação de documentos e dólares, além do contrabando de bens de luxo e cigarros.

A Tríplice Fronteira é considerada estratégica para o grupo devido à presença de comunidades libanesas e à atuação de empresas e instituições que podem servir como fachada para operações financeiras.

O Departamento de Estado dos EUA encoraja qualquer pessoa com informações sobre as redes financeiras do Hezbollah na região a entrar em contato com o programa Rewards for Justice, garantindo confidencialidade.

Essa medida reforça os esforços dos Estados Unidos em combater o financiamento de grupos considerados terroristas e destaca a importância da cooperação internacional na segurança regional.

O Hezbollah, cujo nome significa “Partido de Deus” em árabe (حزب الله), é um grupo político e militar xiita baseado no Líbano, fundado no início dos anos 1980 durante a guerra civil libanesa. Surgiu com apoio do Irã e da Síria, inspirado pela Revolução Islâmica iraniana, e se consolidou como uma das forças mais influentes do Oriente Médio. Hoje, é considerado por diversos países, como Estados Unidos, Canadá e membros da União Europeia, uma organização terrorista, embora em sua terra natal atue também como um partido político e prestador de serviços sociais.

Além de sua atuação no Líbano e nos conflitos contra Israel — com destaque para a guerra de 2006 — o Hezbollah mantém uma estrutura internacional de financiamento, incluindo atividades fora do Oriente Médio. Entre essas áreas, destaca-se a região conhecida como Tríplice Fronteira, onde se encontram Brasil, Argentina e Paraguai.

A presença do grupo na Tríplice Fronteira não se de forma oficial, mas sim por meio de redes de apoio e financiamento. A região abriga uma numerosa comunidade de origem libanesa, o que facilita a infiltração de simpatizantes ou colaboradores. Ao mesmo tempo, o local é conhecido por ter fronteiras pouco fiscalizadas, alto fluxo comercial informal e atividades ilícitas, como contrabando, tráfico de drogas, falsificação e lavagem de dinheiro — práticas que, segundo autoridades internacionais, são utilizadas pelo Hezbollah para arrecadar fundos.

Estima-se que o grupo arrecade cerca de US$ 1 bilhão por ano, parte disso com o apoio direto do Irã, mas também por meio de doações, empresas de fachada e crimes financeiros internacionais. Os Estados Unidos alertaram repetidamente para a atuação do Hezbollah na América do Sul e relacionam o grupo aos atentados terroristas em Buenos Aires — o da embaixada de Israel em 1992 e o do centro judaico AMIA em 1994.

Em 2025, o governo norte-americano reforçou essas preocupações ao oferecer uma recompensa de até US$ 10 milhões (cerca de R$ 60 milhões) por informações que ajudem a desmantelar as redes financeiras do Hezbollah na Tríplice Fronteira. A medida faz parte do programa Rewards for Justice, do Departamento de Estado dos EUA, que busca combater o financiamento de organizações consideradas terroristas.

A presença do Hezbollah na região é vista como uma ameaça à segurança regional e global, motivo pelo qual países como os EUA continuam investindo em cooperação internacional e monitoramento de atividades suspeitas na fronteira sul do Brasil.

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