Iara Karolinny da Silva é técnica em Aquicultura na prefeitura de Boa Vista do Ramos, disse que o município tem potencial, mais falta apoio do governo estadual para deslanchar a produção
Iara Karolinny da Silva, 27 anos, técnica em Aquicultura, na secretaria do meio ambiente na prefeitura de Boa Vista do Ramos, há 1 ano e 3 meses, confessa que é apaixonada pela sua área. Seu propósito é “ajudar aos piscicultores a evoluir e que saibam que são prioritários para a comunidade tanto quanto os agricultores”.
Ela ficou sabendo que no Centro de Treinamento, Tecnologia e Produção em Aquicultura de Balbina, voltaram a produzir alevinos de pirapitinga, por uma entrevista que Agroflorestamazonia.com fez com o Gerente José Mário Baracho de França, e entrou em contato conosco para conseguir mais informação.
“Eu corro atrás dos alevinos para que os piscicultores aumentem sua produção, fiquem motivados e tenham um ganho maior. O município tem potencial”, disse.
Para a Semana Santa os piscicultores realizaram uma despesca de tambaqui que a prefeitura comprou deles, para doar a população mais vulnerável do município. Agora, eles têm que trabalhar para produzir de novo. “Os avelinos vão demorar entre 6 e 8 meses para atingir o tamanho ideal de peixes prontos para serem vendidos”.
No ano passado, eles fizeram a primeira despesca de pirarucu e foi um sucesso, contou. “Isso fez que os piscicultores olhassem de outra forma este mercado, que dá para ganhar dinheiro com dignidade”, disse Iara.
A meta este ano é aumentar o número de piscicultores no município. Porém para que o desempenho deles e suas competências sejam melhor, ” falta mais ajuda do governo estadual”, destacou.
Atualmente na secretaria se trabalha com foco na assistência técnica para os piscicultores, sendo o forte o manejo do pirarucu, comentou a técnica em Aquicultura.
Transporte e ração
Edy Carlos Ferreira Da Silva, 42 anos, presidente da Associação de Piscicultores de Boa Vista do Ramos, aprendeu o oficio com funcionários do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam).
Há 4 anos está produzindo e disse: “Está dando certo”. Segundo Edy a atividade tem um potencial muito grande no município. Porem, estão enfrentando dificuldades para obter e transportar os avelinos, e para a ração dos peixes.
Recentemente os piscicultores da Associação, fizeram a despesca de 1 tonelada e meia de tambaqui para a Semana Santa, que foi comprada pela prefeitura. Geralmente, eles produzem 200 quilos de peixe ao mês para satisfazer o consumo da população do município.
Orgulhoso contou que o projeto é pequeno mas o ano passado produziram 4 toneladas e atingiram 500 famílias. “O pessoal tem receio de trabalhar com peixe, pelo problema da mortalidade, mas já aprendemos a controlar isso e estamos trabalhando diretinho”.
O objetivo da Associação é crescer em numero de piscicultores. Ter mais tanques de tambaqui, aumentar e diversificar a produção com outra espécie de peixe, para vender em outros municípios.
