Os estados da região Norte do Brasil estão acelerando o desenvolvimento de projetos de carbono para apresentá-los a investidores durante a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP). No entanto, o Ministério Público Federal (MPF) nos estados do Pará e do Amazonas tem levantado questionamentos sobre a forma como esses projetos estão sendo elaborados.
Recentemente, o estado do Tocantins anunciou a intenção de vender mais de 2,5 bilhões de reais em créditos de carbono relacionados à conservação florestal até 2030. Esses créditos, que representam uma tonelada métrica de carbono sequestrado pelas florestas e vegetação nativa do estado, são adquiridos por empresas para compensar parte de suas emissões de gases de efeito estufa. A efetividade desses créditos depende do sucesso na redução do desmatamento na região.
A corrida por esses projetos reflete a crescente demanda global por soluções de mitigação das mudanças climáticas e a busca dos estados amazônicos por alternativas econômicas sustentáveis. Contudo, é fundamental que esses projetos sejam desenvolvidos com transparência e responsabilidade, garantindo benefícios reais para o meio ambiente e as comunidades locais.