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Empreendedorismo, cidades, povos tradicionais e bioeconomia pautam participação da FAS e do Hub de Bioeconomia Amazônica na Expo Amazônia

Pautando diálogos e debates sobre geração de renda, empreendedorismo, cidades sustentáveis e povos indígenas e tradicionais para a Amazônia. Foi assim que o stand da (FAS) Fundação Amazônia Sustentável em parceria com o Hub de Bioeconomia Amazônica integrou a Expo Amazônia Bio&TIC 2022, um dos maiores eventos da Região Norte na área de tecnologia, inovação e bioeconomia, que aconteceu de 30 de junho a 2 de julho, em Manaus.

O Hub de Bioeconomia Amazônica, rede que visa promover uma uma economia verde justa na região amazônica, participou de diálogos sobre temas essenciais ligados à bioeconomia inclusiva, além da participação em painéis de discussão.

“Para trazer como os povos têm feito a floresta em pé valer mais do que derrubada e trazendo soluções para que a Amazônia seja perpetuada viva, com todos e para todos”, comentou o superintendente de Desenvolvimento Institucional e Inovação da FAS, Victor Salviati.

“Debatemos sobre bioeconomia e cidades sustentáveis a fim de pensarmos em uma economia inclusiva na cidade de Manaus. Começamos trazendo a definição das duas temáticas e a partir daí começamos a pensar sobre soluções que podemos ter dentro da cidade de Manaus, a maior metrópole da Amazônia inteira”, comentou Gabriel Cavalcante, da Agenda de Cidades Sustentáveis da FAS, mediador do diálogo ‘O papel das cidades para uma bioeconomia inclusiva na Amazônia urbana’.

O diálogo contou com a participação de representantes da Global Shapers Manaus, FAS, Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável) e Youth Climate Leaders.

Já no dia 1º de julho, às 16h, ocorreu o diálogo ‘Polos de inclusão digital indígena: conhecimentos tradicionais e inovação’, com representantes da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), FAS e Nia Tero.

A coordenadora Marysol Goes ainda representou o Hub de Bioeconomia Amazônica no painel ‘Pesquisas, soluções e redes de inovação na Amazônia’, onde apresentou os trabalhos que vem sendo desenvolvidos nestes dois anos de construção da rede. .

“O Hub vem para mostrar que uma bioeconomia inclusiva na Amazônia não apenas é possível, mas já está em curso”, compartilhou.

O Hub de Bioeconomia Amazônica tem parceria da Coalizão de Economia Verde (Green Economy Coalition – GEC) e da Fundação Amazônia Sustentável (FAS). Saiba mais em: https://bioeconomiaamazonia.org/

Cadeias produtivas, empreendedorismo e negócios sustentáveis

Em um painel sobre cadeias produtivas em Unidades de Conservação na Amazônia, o gerente do Pensa (Programa de Empreendedorismo e Negócios Sustentáveis na Amazônia) da FAS, Wildney Mourão, reforçou a importância do investimento na formação dos empreendedores, produtores e manejadores nas unidades de conservação da Amazônia profunda.

Ressaltou também a necessidade de uma relação  mais justa na repartição de benefícios econômicos e royalties oriundos da comercialização de produtos como da cadeia do pirarucu, que precisam irrigar de forma consistente a distribuição de ganhos econômicos para os elos produtivos que mais empreendem esforços na conservação do bioma e no manejo sustentável da cadeia produtiva.

“Temos um grande desafio a ser superado para aprimorar a organização produtiva,  mercado e a inclusão da tecnologia a serviço da agregação de valor. E isso exige a participação de empreendedores e instituições locais, capazes de auxiliar no desenvolvimento de um modelo econômico mais ousado e inovador para região”, disse.

“Para falar de negócios, exige tempo de formação e melhor compreensão dos principais desafios da bioeconomia amazônica. Temos uma incubadora de negócios na FAS que já detém metodologia certificada e entrega uma plataforma de soluções que apoia o desenvolvimento de empreendedores e promove inovação na Amazônia, também”, comentou. 

Na Amazônia, Wildney ressaltou que é preciso ter um olhar específico para a sazonalidade das cadeias e criar mecanismos financeiros personalizados para a região. O crédito e o investimento precisam ser adaptados à realidade local e não o contrário”, completou, ao alertar sobre o risco de se criar uma “cultura do endividamento” no acesso ao crédito convencional. 

Créditos das Imagens: Laura Souza

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