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Embrapa possibilita lucro social de R$61bilhões

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) proporcionou, no ano passado, um lucro social de aproximadamente R$ 61 bilhões, sendo R$ 56 bilhões relativos aos benefícios econômicos de uma mostra de 152 tecnologias. Informação foi dada ontem pelo presidente da Embrapa, Celso Moretti

“Nós não geramos lucro financeiro, mas geramos lucro social. Esse montante de R$ 61 bilhões, é obtido por meio de uma mostra de 172 tecnologias que nós temos de 220 cultiva[1]res que são adotados pelo setor produtivo. Esse resultado é o impacto financeiro e econômico dessas tecnologias adotadas em todo o país”, afirmou.

“É um cálculo baseado em métodos científicos, utilizados tanto no Brasil como em outros países. Um exemplo prático disso é a tecnologia chamada Fixação Biológica de Nitrogênio, desenvolvida em 1993 pela Embrapa, que são bactérias que capturam o nitrogênio da atmosfera entregam para a semente da soja. Se o Brasil fosse importar o nitrogênio de que a soja precisa, em 2020 o país teria gastado R$ 28 bilhões, então esse valor faz parte do balanço social”, explicou.

O uso de bactérias encontradas no Mandacaru, que tornam as plantas mais resistentes aos períodos de seca, é uma das novidades da Embrapa. Como resultado de mais de uma década de pesquisa, o primeiro produto obtido por esse processo, o Auras, chega ao mercado agora para atender a cultura do milho. Em breve a tecnologia poderá beneficiar também o cultivo do trigo no cerrado.

 “Nós temos na Embrapa uma linha de investigação voltada para bioinsumos que busca maior sustentabilidade para a agricultura brasileira. Esse assunto hoje está no centro da agenda da Embrapa para tornar o agro brasileiro cada vez mais competitivo e sustentável”, disse Moretti.

Carbono neutro

A Embrapa também desenvolveu iniciativas para alcançar a chamada produção de carbono neutro, ou seja, compensar totalmente a emissão de gases do efeito estufa. A Carne Carbono Neutro (CCN) é uma dessas iniciativas.

Trata-se de uma certificação do gado criado em sistemas de integração do tipo silvipastoril (pecuária-floresta) ou metano dentro de um protocolo desenvolvido pela empresa. É um projeto que conta com a participação de 12 centros de pesquisa, envolvendo uma rede de mais de 150 pesquisadores e ainda diversas instituições.

“Nesse tipo de sistema, temos um animal que cresce e se desenvolve em um ambiente no qual os gases que ele produz são neutralizados pelo componente florestal daquele mesmo ambiente. Quando nossos pesquisadores fazem o cálculo ao final, a carne é carbono neutro, porque o que foi emitido foi também neutralizado. Para cada animal por hectare, nós precisamos de 20 árvores para neutralizar as emissões”, explicou o presidente da Embrapa.

A empresa também apresenta outras soluções como a Soja Baixo Carbono, que utiliza os mesmos conceitos, com a diminuição de CO2 equivalente na atmosfera e o Leite Carbono Neutro, uma parceria da Embrapa com a Nestlé que desenvolve as primeiras fazendas de pecuária leiteira de baixo carbono no país.

Com informação do Correio Brazilense

Fotos: Divulgação

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