O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), juntamente com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam), visitaram a empresa Jutica, agroindústria de produtos da Amazônia, situada em Tefé (a 523 quilômetros de Manaus).
A visita faz parte da programação do 1° Workshop da Cadeia Produtiva do Amazonas, voltado à cultura da castanha, com a finalidade de criar o elo entre o Governo do Amazonas, agroindústrias, empresas privadas e produtores rurais. O Workshop contou com a presença de mais de 100 pessoas, divididos em dois dias, na sexta-feira (09/06) com a parte teórica, e no sábado (10/06) com a visita técnica na empresa Jutica.
Representando, aproximadamente, 200 produtores rurais da Associação Agroextrativista do Catuá/Ipixuna (Aaci), da zona rural de Tefé, a secretária-executiva e extrativista, Izabel Carvalho, foi uma das 100 pessoas que participaram do Workshop. Ela ressalta que a iniciativa vai valorizar e fortalecer todo o processo da produção de castanha na região.
“Moro na comunidade Santa Luzia do Boia, e até chegar na cidade Tefé são 9 horas de viagem. Temos produção de farinha, castanha, açaí e a atividade da pesca do mapará. Já estou conversando com a agroindústria aqui para vendermos nossa castanha. Esse elo entre produtor e agroindústria é fundamental para agregar valor à nossa castanha, pois vamos ter um ponto certo de venda”, diz Izabel.
De acordo com o presidente da Jutica, Márcio Cunha, o Workshop foi um sucesso, pois conseguiu criar o elo entre o Governo, agroindústria e o produtor rural, para seguir na mesma direção.
“No final da visita, conversamos com um grupo de produtores interessados em vender a castanha para a agroindústria, quem ganha com isso é o produtor rural, pois receberão um preço justo”, comenta Márcio.
Cartão do produtor
Para que os extrativistas possam vender sua produção de castanha de forma legal, o Idam fará um cronograma para realizar um mutirão de emissão de cartão do produtor primário, na zona rural de Tefé, para que após a venda da castanha na agroindústria, eles possam emitir uma nota fiscal, servindo de garantia para a empresa e o produtor.
“Estamos visitando uma das maiores agroindústria de castanha, com uma visão totalmente empresarial. O idam se comprometeu em auxiliar também na assistência técnica, para os coletores nas comunidades”, diz o diretor-presidente do Idam, Daniel Borges.
Workshop das cadeias produtivas
No total, serão 11 workshops das cadeias produtivas no Amazonas, realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Sepror e Idam, Agência de Defesa Agropecuária (Adaf), Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS); a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
Ao todo, já foram realizados os workshops das cadeias produtivas da banana, em Rio Preto da Eva (a 57 quilômetros de Manaus); a do cupuaçu, realizado em Manaus; e a da Castanha, realizado em Tefé.
Ainda serão realizados os workshops das cadeias produtivas do açaí, abacaxi, citros, guaraná, mandioca, olerícolas, piscicultura e pecuária.
A assessor técnico da Sepror, Luis Otávio, os workshops servem como um diálogo aberto com os produtores rurais e extrativistas, para conhecer a realidade, e buscar soluções para incentivar o homem do campo.
“Aqui em Tefé foi um município estratégico para termos a oportunidade em está próximo do produtor de castanha. Ainda vamos realizar outros workshops para ter esse diálogo com outros segmentos “, finalizou Luís Otávio.
FOTOS: Emerson Martins/Sepror