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EDITORIAL

Reabertura do comércio em Manaus

Tudo indica que na segunda feira 01/06 Manaus inicia a flexibilização do aperto provocado pela pandemia do Coronavirus com a abertura gradual e cheia de cuidados do comércio local. O governador do Amazonas, Wilson Lima, conta com o apoio da população para que sejam respeitadas às medidas preventivas, para evitar o alastramento do contágio em massa com esta atitude. 

A iniciativa servirá para recuperar a combalida economia, que há dois meses sofre restrições impostas pelos decretos de calamidade pública do Estado e da Prefeitura de Manaus baixados para frear a pandemia. O Covid-19 já tirou a vida de mais de 2011 pessoas e contagiou mais de 38 mil no Amazonas. A receita das empresas, em geral, caiu mais de 60% no período e muitos estabelecimentos fecharam as portas para sempre, provocando demissões.
 
Os riscos são elevados, porque há muita gente que carrega o vírus e não apresenta os sintomas, são portadores e disseminadores. Mais um motivo para suar máscaras, luvas, álcool gel e todas as ações de higienização básicas pessoais e para os lugares públicos, frente a um cenário incerto.
 
O medo está nos rostos de milhares de pessoas, notadamente, da classe média, que reluta em sair da quarentena e se expor ao risco de ser contagiada. A situação dos hospitais públicos e privados, à beira de um colapso, também preocupa, porque se o número de contágios disparar, será difícil atender a demanda nas UTIS, que não terão capacidade técnica e humana suficientes, para suportar uma avalanche de pacientes da capital e do interior.
 
Segunda-feira (01/06) é o ‘Dia D’, que vai mostrar se venceremos a pandemia ou se ela irá se alastrar ainda mais. As pessoas infectadas continuam vindo do interior para serem atendidas na rede hospitalar de Manaus, nos casos mais graves; pois não há hospitais de média e alta complexidade nas demais cidades, salvo os hospitais de guarnição de Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira, sendo que nesta cidade, a capital nacional dos indígenas, o lockdown foi decretado, a exemplo de Silves, Novo Airão, Tefé e  Barreirinha, onde os números de óbitos começam a diminuir, o que não se pode falar o mesmo do contágio comunitário.
 
Com este cenário, a consciência coletiva da prevenção deve se impor e todos que estiverem nas ruas e nos comércios não essenciais, que reabrirão, devem manter distância mínima de dois metros entre as pessoas e que sejam usados os equipamentos que salvam vidas. Nesta hora está sendo dado um passo delicado e que exige a máxima atenção. Para quem crê em Deus, como eu, rezar será fundamental neste momento de transição. Se a luz vermelha acender, deveremos retornar à quarentena com toda força. O governador sabe disso e contamos com a sua liderança e avaliação. Primeiro a vida.

Texto: ANTONIO XIMENES / DIRETOR DE REDAÇÃO

Fotos: Reprodução

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