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Documentário “Manaus Extrema” estreia na capital mostrando impactos da seca do Rio Negro e fumaça de incêndios

Nuvens de fumaça durante um incêndio em uma área da floresta amazônica perto de Humaitá, Estado do Amazonas, Brasil, Brasil 17 de agosto de 2019.

O documentário “Manaus Extrema”, do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), será exibido pela primeira vez no evento Proteja Talks, que ocorre em 25 de novembro na capital, no Bosque da Ciência.

A produção foi gravada em 2023 e retrata os impactos da seca do Rio Negro, bem como da fumaça dos incêndios, na vida de quem mora em Manaus e entorno. Até então, era a maior seca já registrada para o rio, agora superada pela estiagem de 2024.

“Este documentário reforça a mensagem da ciência e dos povos originários: precisamos das florestas íntegras para fazermos frente às mudanças climáticas. As áreas protegidas, parques, reservas, bem como os territórios de povos indígenas e populações tradicionais são pilares fundamentais para nos adaptarmos à nova realidade climática que se impõe”, diz André Guimarães, diretor executivo do IPAM

Com um registro histórico das cenas da seca e da fumaça em pontos estratégicos da cidade, “Manaus Extrema” apresenta relatos de diferentes tipos de gente, que compõem uma população afetada pelos efeitos das mudanças climáticas na região.

Karina da Silva, feirante, é uma das entrevistadas no documentário. Para ela, a seca do Rio Negro trouxe prejuízos ao comércio de frutas e verduras que mantém em Cacau Pirera. Nildo Affonso, presidente da Associação de Flutuantes do Tarumã-Açu, chegou a calcular em R$ 10 milhões as perdas para os flutuantes em alguns meses de estiagem.

Raniele Alves, professora do curso de Medicina da UFAM (Universidade Federal do Amazonas), também participa da produção comentando sobre a conexão entre populações amazônidas, saúde coletiva e a emergência no clima.

As soluções para o cenário são ressaltadas pelos coordenadores do Centro de Medicina Indígena de Manaus, Carla Wisu e Ivan Tukano, por pesquisadores do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e do IPAM.

“Das diversas pessoas que ouvimos, o recado converge na necessidade de olhar para a natureza como alguém que também precisa ser cuidado”, comenta Bibiana Garrido, especialista de Comunicação do IPAM e uma das diretoras do documentário.

Para ver “Manaus Extrema”, inscreva-se gratuitamente na modalidade presencial do Proteja Talks. O evento ocorre em 25 de novembro, das 9h30 às 18h, no Bosque da Ciência.

Sinopse

O documentário “Manaus Extrema”, do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), retrata os eventos climáticos extremos de seca e fogo na cidade de Manaus, no Amazonas, em 2023. A produção apresenta as experiências e os impactos vividos na região por pessoas indígenas, ribeirinhas, comerciantes e pela população em geral. Ao registrar a seca do Rio Negro, áreas queimadas e a fumaça que tomou o ar da capital, oferece pontos de vista de um momento histórico na emergência do clima global. Como resposta, cientistas e especialistas são convidados a explicar os fatores que levaram à escalada dos riscos climáticos, as principais características do momento em que vivemos, e propor soluções para um futuro em equilíbrio com a natureza.

  • com informações da assessoria
  • Reprodução/IPAM
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