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Do sonho à realidade de voar

Fim de tarde (A-29)

Em 23 de outubro é celebrado o dia do Aviador e o dia da Força Aérea Brasileira (FAB). A data homenageia os aviadores que cruzam os céus inspirados pelo pai da aviação, Alberto Santos-Dumont. A data é uma referência ao maior feito do inventor, quando, em 1906, realizou o primeiro voo com o mais pesado que o ar. A bordo do 14-Bis, Dumont decolou do campo Bagatelle, na França, marcando o início da evolução nos meios de transporte na terra.

Cento e quinze anos depois, o ato ainda inspira homens e mulheres que ingressam na Força Aérea Brasileira com a missão de realizar o sonho de voar. Para se tornar piloto da FAB, é preciso ingressar na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), onde ocorrem os primeiros passos, que são os voos iniciais da carreira. Já formados, os pilotos da FAB podem atuar nas Aviações de Caça, de Transporte, de Asas Rotativas e de IVR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento).

O Cadete do último ano da AFA, Álvaro Luiz Campos Justen da Costa, comenta sobre a busca do sonho, já que desde pequeno tem o desejo de ser aviador. “A carreira de aviador proporciona diversas oportunidades, na defesa e na vigilância de nossas fronteiras, como também atuando na busca e salvamento, no transporte de órgãos, remédios e alimentos. Em resumo, vibro bastante com a missão da FAB, principalmente no que tange à atividade fim dos aviadores”, declarou.

Movido pela mesma dedicação, há quase três décadas na Força Aérea e três mil horas de voo, o Coronel Aviador Gustavo Pestana Garcez sente que está cumprindo a sua missão de vida. “O meu interesse na carreira militar iniciou cedo. Por ser natural da cidade do Rio de Janeiro, berço da FAB e da Aviação de Caça no Brasil, o sonho de ser aviador foi alimentado pela constante passagem de aeronaves nos céus da cidade”, lembra.

Hoje, como Comandante da Ala 2, em Anápolis (GO), o Oficial permanece ligado à atividade operacional, porém com uma nova missão: participar do processo de implantação dos dois novos vetores da FAB, o KC-390 Millennium e o F-39 Gripen. “São desafios diários para que estejamos preparados para receber e operar essas aeronaves”, conta.

A carreira de quase 35 anos permite acumular memórias. Segundo o Coronel Pestana, a Operação Regresso à Pátria Amada Brasil é um exemplo de grande ensinamento. “Tivemos pouco tempo para preparar a infraestrutura necessária e bem receber aqueles que, naquele momento, precisavam do nosso País”, comenta. O Oficial também relembra a participação de quatro KC-390 no combate à pandemia da COVID-19, o socorro ao Amapá num momento de crise energética e o atendimento às missões humanitárias no Líbano e no Haiti. Para ele, cada missão teve seu desafio e trouxe aprendizado. “Essas e outras situações que vivi me emocionam e mostram o que a Força Aérea Brasileira tem de mais valioso: a sua gente”, finaliza.

Fonte: Força Aérea Brasileira;

Fotos: Sargento Johnson / CECOMSAER e Arquivo Pessoal;

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