Em homenagem ao Dia dos Pais, celebrado neste domingo (13/08), o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Produção Rural (Sepror), vem contar a história do produtor rural Vildomar Brum, e seu filho Vildomar, que está dando continuidade ao trabalho do pai, no sítio Carmelinda, localizado no quilômetro 70, em Rio Preto da Eva (distante 57 quilômetros de Manaus).
Assistidos pela Sepror, pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), e pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), a família do senhor Vildomar Brum, cultiva em 18 hectares, banana, café, melancia, abóbora, macaxeira, mamão e milho, há mais de 20 anos, mantendo a tradição familiar e a renovação no agronegócio.
Pai de três filhos, Vildomar começou a plantar em sua propriedade quando eles ainda eram crianças. Vildomar Filho cresceu vendo o pai roçar, adubar, germinar e colher da terra o sustento da família. Seu amor pela terra, combinado com anos de experiência, fez do sítio uma fonte de sustento e de produtos com alta qualidade.
Mas o que acontece quando a sabedoria de um pai se combina com o pensamento inovador de um filho? Vildomar Filho, o mais novo dos três filhos, apaixonado por tecnologia e com formação em agronomia, trouxe para a propriedade valiosas experiências, projetos inovadores e uma abordagem moderna para a produção rural como o uso da internet e computação em geral que até então o seu pai não havia utilizado.
Com a participação em eventos promovidos pelo Sistema Sepror, e apoio da equipe técnica do Idam, implantou também a gestão profissionalizante no campo, no que diz respeito às culturas de ciclo curto que seu pai fazia em menor escala, porque não tinha tanto tempo e ajuda para fazer esses cultivos e comercializar, assim como utilizar os defensivos de forma adequada.
Com o conhecimento que trouxe da sua formação acadêmica, fizeram também melhorias na parte da adubação mineral, a partir das análises de solo conseguiram aumentar a produtividade reduzindo os custos com a adubação e a produção voltou aos níveis normais. O resultado dessa colaboração entre gerações e tecnologia tem sido eficaz. A produtividade do sítio aumentou significativamente, e os produtos ganharam qualidade e começaram a ser comercializados nas feiras de produtos regionais da ADS, em Manaus.
Entre risos, seu Vildomar destaca que o amor pelo agronegócio aproxima mais ainda ele do filho já que é o assunto mais falado entre eles. “O agro nos aproxima bastante, é praticamente nosso único assunto, não só sobre nossa propriedade, mas também as inovações do mundo que sempre vemos pelas mídias sociais, rádio ou televisão. Logicamente, a maioria são culturas que não trabalhamos ou que ainda não estão ao nosso alcance, mas sempre discutimos sobre elas”, afirma o pai em tom orgulhoso do seu filho.
Já para Vildomar Filho, trabalhar com o pai é muito gratificante, pois a experiência dele no agro lhe permite saber, por exemplo, que por alguns caminhos as chances de dar errado são altas e prefere não arriscar. Ele também afirma que não foi nada fácil o embate do velho com o novo, pois houve uma certa resistência na inserção de novas tecnologias ou novas culturas, mas que hoje o pai já aceita isso com mais naturalidade.
“Trabalhar com o meu pai me traz grande satisfação, porque ele sempre foi uma base muito sólida e firme para os meus projetos aqui na nossa propriedade. Nós apoiamos e temos essa meta em comum que é desenvolver, crescer e perpetuar esse negócio familiar para as próximas gerações e isso inclui o amor e o cuidado mútuo”, afirmou Vildomar Filho.
Compartilhando a mesma paixão pelo agro, a história de seu Vildomar e seu filho é um testemunho emocionante da herança que é transmitida de pai para filho. Eles provam que a paixão pela produção rural não é apenas uma profissão, mas uma forma de vida, uma ligação profunda entre as gerações, uma celebração do passado e uma inspiração para o futuro.
Fotos: Divulgação/ Sepror