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CPI das ONGs recebeu presidente do IBGE que prestou informações sobre os critérios adotados para o recenseamento indígena

A CPI das ONGs recebeu, nesta terça-feira (10), o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, que prestou informações sobre os critérios utilizados no recenseamento indígena. Um dos principais questionamentos dos senadores será o aumento desproporcional da população indígena, especialmente na região Amazônica. 

Segundo dados do Censo 2022, houve um aumento de quase 100% na população indígena em comparação com o censo de 2010. O senador Plínio Valério (PSDB-AM), presidente da CPI, quer esclarecimentos sobre os critérios e metodologias adotados, bem como a possível participação de ONGs no processo. Documentos obtidos pela Comissão indicam que um membro do Instituto Socioambiental (ISA) colaborou na elaboração do questionário.

O depoimento do presidente do IBGE aconteceu às 11 horas, horário de Brasília, na Ala Senador Nilo Coelho, Plenário nº 6, com transmissão ao vivo pelo YouTube da TV Senado.

O senador Plínio Valério destacou a existência de uma questão controversa no formulário do IBGE. 

“O IBGE informa que, hoje, a população indígena no Brasil é de 1,690 milhão. Além dessa transformação de ribeirinhos, pardos e mestiços em indígenas, eles têm também uma grande pegadinha, que foi colocada no formulário do IBGE, e foi colocada pelo senhor Tiago Moreira, que é pesquisador do Instituto Sociambiental, que ajudou o IBGE na formação da metodologia para o censo. E a pegadinha era que, como você é pardo, então você tem descendência indígena. Você se acha indígena? Aí a pessoa: “É, eu sou indígena”. É uma questão simples e bem articulada”, destacou o senador Plínio Valério.

Em seu depoimento à CPI das ONGs, Helderli Fideliz Castro de Sá Leão Alves, presidente do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro, denunciou a manipulação do questionário do IBGE. Ela alegou que, se um pardo ou não-índio que vive em uma área considerada indígena respondesse não ser indígena, os recenseadores eram orientados a perguntar novamente se a pessoa se considerava indígena, incentivando assim a população mestiça a se autodeclarar indígena.

Acompanhe o depoimento

*com informações da assessoria 

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