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Comemorar o Natal longe da família: “Um sentimento de tristeza e de gratidão”

O amor a profissão é o que anima o espírito de cada um desses trabalhadores em sentir-se grato por cumprir o dever da função em que um dia todos eles sonharam exercer

O feriado de Natal será comemorado nesta sexta-feira (25) e, para muitas famílias é um momento único de união e fraternidade. Porém em algumas casas nem todos estarão reunidos para participar dessa festa natalina.

Algumas atividades essenciais e comerciais não serão interrompidas neste feriado. E enquanto uns estão comemorando, outros estarão trabalhando normalmente.

Bombeiro Cívil, Raul Moura

Este é o caso do Bombeiro Cívil, Raul Moura, de 26 anos, que do dia 24 ao 25 vai cumprir escala de trabalho no Shopping Ponta Negra.

Mesmo com sentimento de frustração por passar esse momento distante da família, ele se sente grato por cumprir o dever da função. 

“É um sentimento frustração, devido a data ser uma data em que se torna especial por estar com a família do lado das pessoas que amamos, mas e um sentimento de gratidão também ainda mais na pandemia onde várias pessoas perderam seus empregos a gente tá aqui trabalhando para poder proporcionar um conforto para nossa família”, desabafou o jovem.

Os sentimentos se repetem nos trabalhadores dos serviços essenciais.

Milena Rodrigues e Miriam Santos Farias, Técnica de Enfermagem

Na área da saúde, as técnicas de enfermagem, Milena Rodrigues e Miriam Santos Farias, 22 e 20 anos respectivamente, se sentem feliz, mas ao mesmo tempo triste por não comemorar o Natal junto da família.

“Eu amo a minha profissão. E claro que eu adoraria ficar em casa mas a minha profissão  eu não posso ter esse privilégio. As pessoas não escolhem o dia e hora de adoecerem e as crianças  não tem hora marcada para vir ao mundo. Me sinto muito triste por não  estar comemorando com meus familiares”, disse Milena.

 

“Mas sempre damos um jeitinho de comemorarmos entre os colegas de trabalho. É muito gratificante ajudar as mãezinhas no momento mais lindo de sua vida. E também  é um sentimento maravilhoso quando chega pacientes com dores e quase morrendo e conseguimos estabilizá-las com êxito”, completou Mirian.

Maqueiro, Rogerio Nascimento

Rogerio Nascimento, de 45 anos, trabalha 13 anos na função de maqueiro no Instituto da Mulher.

Movido de íntima compaixão, ele se sente feliz em trabalhar durante essa festa natalina para ajudar as vidas no hospital, mas completou dizendo que gostaria de estar perto da família.

O amor a profissão é o que anima o espírito de cada um desses trabalhadores em sentir-se grato por cumprir o dever da função em que um dia todos eles sonharam exercer.

Texto e fotos: Waite Kleber

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