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Comando Conjunto Catrimani II elimina dragas de garimpeiros ilegais

 

No coração da floresta amazônica, o som das explosões rompeu o silêncio. Em uma ação coordenada, o Comando Conjunto Catrimani II destruiu dragas utilizadas no garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Yanomami. A operação, realizada no dia 6 de março, mobilizou militares do Exército Brasileiro, transportados por helicópteros H-60 Black Hawk da Força Aérea Brasileira (FAB). O uso de explosivos foi a estratégia adotada para inviabilizar o retorno das atividades criminosas, reforçando o compromisso das Forças Armadas no combate aos ilícitos ambientais.

 

A Operação Catrimani II e o combate ao garimpo ilegal

A Operação Catrimani II é parte dos esforços contínuos do governo brasileiro para desmantelar as redes criminosas que exploram ilegalmente a Terra Indígena Yanomami. O garimpo clandestino na região não apenas provoca degradação ambiental, mas também representa uma grave ameaça à saúde e à segurança das comunidades indígenas, que sofrem com o avanço da contaminação por mercúrio, desmatamento e violência.

Os desafios operacionais dessa missão são enormes. As áreas exploradas pelos garimpeiros ilegais são de difícil acesso, exigindo transporte aéreo e deslocamentos terrestres estratégicos. Além disso, as forças militares precisam atuar com precisão e cautela para garantir a segurança dos agentes envolvidos e das comunidades indígenas que vivem próximas às zonas afetadas pelo garimpo.

 

A destruição das dragas e os impactos da ação militar

A operação começou com a identificação dos pontos de extração ilegal, onde foram localizadas dragas e equipamentos essenciais para a atividade clandestina. Durante o deslocamento terrestre, os militares encontraram e apreenderam um motor, uma antena de internet via satélite, uma bateria de caminhão, um painel solar e equipamentos de mergulho utilizados pelos garimpeiros.

 

Para inutilizar as embarcações, foram utilizados 50 quilos de explosivos em cada draga, além de seis quilos de TNT para destruir um motor de grande porte. Após posicionar os explosivos, os militares se deslocaram para uma área de segurança e realizaram a detonação controlada. O método garante que os equipamentos não possam ser reutilizados pelos criminosos, dificultando a retomada do garimpo na região.

A destruição dessas dragas representa um golpe significativo contra o garimpo ilegal. Sem os equipamentos, os garimpeiros enfrentam dificuldades logísticas e financeiras para restabelecer suas atividades ilícitas. Além disso, a presença das Forças Armadas na área serve como um fator de dissuasão, reduzindo a reincidência da atividade criminosa.

 

O papel das Forças Armadas na proteção ambiental e indígena

A presença das Forças Armadas na região está alinhada à Portaria GM-MD Nº 5.831, de 20 de dezembro de 2024, que prorrogou a Operação Catrimani II. O emprego temporário das tropas visa dar suporte às ações governamentais no combate ao garimpo e na proteção da Terra Indígena Yanomami. Desde sua criação, a missão tem sido essencial para coibir crimes ambientais e fortalecer a soberania brasileira sobre a região amazônica.

A atuação conjunta do Exército e da Força Aérea Brasileira demonstra o comprometimento do Estado com a defesa dos povos indígenas e do meio ambiente. O uso de aeronaves militares como o H-60 Black Hawk permite um rápido deslocamento das tropas para áreas remotas, aumentando a eficiência das operações.

 

Além do combate ao garimpo, as Forças Armadas desempenham um papel crucial no monitoramento da região, auxiliando outros órgãos, como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), na implementação de ações de proteção ambiental e social.

 

A Operação Catrimani II reforça o compromisso do Brasil na luta contra crimes ambientais e na defesa dos territórios indígenas. A continuidade dessas operações é fundamental para garantir que a Amazônia permaneça protegida e que os povos indígenas possam viver com segurança em suas terras ancestrais.

 

Fonte: Desafios em Foco

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