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CASTRO ALVES, o nosso “poeta dos escravos”

 

Um poeta brasileiro nascido na Bahia em 1.847 e faleceu no ano de 1.871 vitimado pela tuberculose, com apenas 24 anos de idade. Seu nome era Antônio Frederico de Castro Alves, escreveu clássicos, como “Espumas flutuantes” e “Hinos do Equador”, que o alçaram à posição de maior entre seus contemporâneos.

Representante da terceira geração romântica do Brasil. O poeta dos escravos expressou nas suas poesias a indignação aos graves problemas sociais de seu tempo, que eram muitos. É patrono na cadeira número 7 da Academia Brasileira de Letras.

Foi publicada no jornal “A primavera” a sua primeira poesia sobre a escravidão.

 

“Lá na última senzala,

sentado na estreita sala,

junto ao braseiro, no chão,

entoa o escravo seu canto

e ao cantar correm-lhe em pranto

saudades do seu torrão.”

 

Castro Alves foi um dos grandes poetas do Romantismo no Brasil. Sua obra representa na evolução da poesia romântica brasileira, um momento de maturidade e de transição.

O poeta dos escravos foi um poeta sensível, onde se expressava contra as tiranias e denunciou a opressão. Seu poema abolicionista mais famoso é “Navio Negreiro”. Também foi o grande poeta do amor, embora a poesia lírica amorosa ainda contenha um ou outro vestígio do amor platônico e da idealização da mulher, de modo geral ela representa um avanço, por abandonar tanto o amor convencional e abstrato dos clássicos quanto o amor cheio de medos e culpas dos primeiros românticos.

 

O tema de “O navio negreiro” é a denúncia da escravidão e do transporte de negros em navios para o Brasil. Ele faz uma recriação poética das cenas dramáticas do transporte dos escravos nos porões dos navios negreiros, valendo-se em grande parte dos relatos de escravos, com quem conviveu na Bahia.

 

“Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!

 Desce mais…inda mais… Não pode olhar humano

 Como o teu mergulhar no brigue voador!

 Mas que vejo eu aí… Que quadro d’amarguras!

 É canto funeral!…Que tétricas figuras!…

 Que cena infame e vil… Meu Deus!

 Meu Deus! Que horror!

Escritora

Márcia Ximenes Nunes

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