As hepatites virais são doenças silenciosas que comprometem o fígado. A infecção gera uma inflamação no órgão e pode causar desde alterações leves, caracterizada por quadro autolimitado de febre, mal-estar, dor abdominal, diarréia, vômitos e até casos graves, como insuficiência hepática aguda, cirrose e câncer no fígado. Milhões de pessoas são afetadas em todo o mundo e cerca de 1,4 milhão de mortes ocorrem decorrentes da doença ou de suas complicações.
Os vírus das hepatites podem ser transmitidos por meio de relações sexuais sem preservativos; da mãe infectada para o bebê, durante a gestação ou o parto; do contato com sangue, por meio de compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam; confecção de tatuagens ou colocação de piercings e até procedimentos médicos/odontológicos, quando as normas de biossegurança não são atendidas.
Os tipos mais comuns no Brasil são causados pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, porém com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na Região Norte do país) e da hepatite E.
A conscientização sobre as hepatites virais é fundamental, uma vez que muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas visíveis por anos. A testagem por meio da coleta de sangue é gratuita no SUS e é a melhor maneira de identificar esses casos silenciosos, além de promover o acesso ao tratamento gratuito.
É fundamental que todas as pessoas realizem, pelo menos, um teste em suas vidas, especialmente aquelas com histórico de transfusão sanguínea antes de 1992, usuários de drogas, profissionais do sexo, entre outros grupos vulneráveis, para os quais é indicado a testagem periódica.
Assim, procure a UBS mais próxima de você e faça o teste, o resultado sai na hora com os testes rápidos e é gratuito. Aproveite e atualize o calendário vacinal: a vacinação é melhor maneira de prevenir a doença; a vacinação contra hepatite A é gratuita para crianças e populações especiais no SUS, mas pode ser acessada em redes particulares pelos não pertencentes a este grupo. Ainda não há vacinação contra o vírus C, mas, atualmente, há tratamento gratuito e que garante a cura, desde que o diagnóstico seja feito precocemente.
*Comando Militar da Amazônia