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Brasil conquista apoio de oito países para criação de fundo bilionário para florestas tropicais

A iniciativa brasileira de criação do Fundo Floresta Tropical para Sempre (FFTS), um fundo bilionário para conservação de florestas tropicais, foi bem recebida por oito países. A afirmação foi feita por técnicos do Ministério da Fazenda, às margens das reuniões de ministros da trilha de finanças do G20 que ocorreram nesta semana, no Rio.

A expectativa é que o fundo levante US$ 25 bi por meio de investimentos dos países interessados, o que daria um potencial para alavancar mais US$ 100 bi em títulos privados no mercado financeiro.

O objetivo do fundo é remunerar países que têm florestas tropicais e conseguem mantê-las de pé. A ideia é que a verificação da preservação das florestas seja feita por imagens de satélite, disseram os técnicos.

Entre os países que demonstraram interesse em colaborar tecnicamente com a estruturação do fundo e, portanto, são potenciais apoiadores, estão: Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Noruega, Cingapura, Emirados Árabes e Colômbia.

— Foi muito bem recebido e todos se comprometeram a trabalhar conosco para buscar os detalhes. Não é um prato feito. Temos as principais diretrizes, mas existem detalhes e eles deverão ser feitos com nossos parceiros — disse Garo Batmanian, diretor-geral do serviço Florestal Brasileiro.

O instrumento foi inicialmente anunciado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante a COP28. Agora, as autoridades esperam que os detalhes do fundo sejam apresentados na COP29 e os recursos sejam captados até a COP 30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a ser realizada em novembro de 2025.

Potencial de rendimento de R$ 1,3 bi por ano para o Brasil

O Brasil poderia receber cerca de US$ 4 por hectare, o equivalente a US$ 1,3 bilhão anuais, caso conseguisse zerar o desmatamento, afirmou João Paulo Resende, subsecretário de Assuntos Econômicos e Fiscais da Secretaria-Executiva do Ministério da Fazenda.

— É um valor significativo — disse.

Segundo Resende, o grande diferencial do novo fundo proposto é o seu funcionamento perene. Diferentemente, por exemplo, do Fundo Amazônia, que depende da doação de países e de aprovação orçamentária no Congresso.

— É uma fonte de recursos que não tem uma regularidade ou uma continuidade necessária para se fazer planejamento para conservação. A gente está tentando criar um mecanismo que gera fluxo constante de recursos para remunerar países que são bem-sucedidos na conservação de florestas.

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