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Bovinocultura: Entenda os cuidados com os carrapatos

A praga pode causar doenças e até provocar a morte de animais, além de comprometer a produtividade do rebanho

Rhipicephalus (Boophilus) microplus é apenas o nome “difícil” de um dos principais inimigos do produtor de leite: o carrapato bovino. Segundo o médico veterinário Cláudio Camacho Pereira Menezes, da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), a diferença dos ataques a animais de corte e leite tem relação com a genética.

Os carrapatos representam um grande desafio aos produtores de leite, já que muitos são pequenos proprietários e têm na atividade leiteira a principal renda econômica da família e que pode ser drasticamente afetada por este parasita, trazendo prejuízos à saúde dos animais do rebanho e, consequentemente, ao bolso do produtor.

Grandes infestações reduzem a capacidade de produção de leite e podem levar bezerros à morte por anemia. São danos econômicos, ambientais e à saúde dos animais e das pessoas que trabalham com eles.

De acordo com o veterinário outro prejuízo é a contaminação do leite em função do uso equivocado de carrapaticidas, que expõe os produtores e/ou funcionários à inalação do produto. Portanto, as Boas Práticas Agropecuárias devem ser sempre seguidas, entre elas o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e, principalmente, obedecer a indicação e a quantidade corretas do produto.

Normalmente, a recomendação na embalagem é a diluição em quatro a cinco litros de calda por animal; como a maioria das bombas costais usadas pelos pecuaristas tem capacidade para 20 litros, então uma bomba pulveriza quatro ou cinco animais

Métodos de manejo de carrapato

 

  • Os banhos carrapaticidas devem ser feitos de acordo com a indicação da bula e em todo o corpo do animal, mesmo nas partes mais escondidas e no sentido contrário do pelo, de baixo para cima, próximo ao corpo do animal e contra o vento. 
  • As pulverizações, de cinco a seis, devem ser feitas em intervalos de, no máximo, 21 dias, para quebrar o ciclo no animal e diminuir a infestação futura nas pastagens. 
  • Evitar os horários de sol, dar preferência ao final da tarde.
  • Após o tratamento, a infestação irá diminuir de forma considerável, porém muitos animais podem continuar infestados, principalmente aqueles que têm “sangue doce”, na verdade, sangue europeu. Esses animais devem ser separados para continuar o tratamento;
  • Fazer os testes de resistência a carrapaticidas. Como os carrapatos vivem em uma única área, o mesmo carrapaticida que serve ao vizinho pode não ser o mais adequado para o rebanho do outro. É preciso saber qual o melhor carrapaticida para aquela situação específica. 
  • Usar os carrapaticidas nas épocas mais adequadas. O clima seco e quente é o ideal para o controle porque as larvas não sobrevivem muito nessas condições. 

Texto com informação de Canal Rural

Fotos: Divulgação

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