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Bioeconomia como agenda prioritária no Amazonas

Visitas recentes ao CBA, realizadas pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e pelo vice-presidente Hamilton Mourão, mostram que o governo federal pretende fomentar o desenvolvimento de bioprodutos na região

Vice Presidente da República Hamilton Mourão, com pesquisadores, diretor geral do CBA, Fábio Calderaro, e superindente da Suframa Alfredo Menezes

O Centro de Biotecnologia do Amazonas (CBA) voltou a ser prioridade na agenda do governo federal, como apontam visitas, neste início de ano, do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; e o vice-presidente da República Hamilton Mourão, que também é presidente do Conselho da Amazônia.

Segundo o diretor do CBA, Fábio Calderaro, a proposta da Suframa é transformar o CBA em um instituto de desenvolvimento de produtos, bioprodutos e negócios.

“Nós assumimos o CBA e começamos um trabalho, abrimos um edital, chamamos pesquisadores, escolhemos projetos com pesquisas em níveis de maturidade tecnológica mais avançadas e voltadas para o desenvolvimento de produtos e negócios. Queremos promover o encontro entre as ICTs e os institutos de pesquisa que já existem aqui, mas tendo como resultado o produto no mercado”, explicou.

O superintendente da Suframa, Alfredo Menezes, destaca que as visitas recentes ao CBA realizadas pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e agora pelo vice-presidente Hamilton Mourão reafirmam o papel relevante que a Suframa e o Centro estão assumindo no planejamento do governo federal de fomentar o vetor da bioeconomia e promover o desenvolvimento sustentável a longo prazo da região.

“Tudo que está acontecendo desde o início deste ano, como a criação da Secretaria da Amazônia e também a reativação do Conselho da Amazônia nesta postura de transversalidade, indica que nós temos um papel extremamente estratégico para desenvolver a região”, ressaltou Menezes.

Conselho da Amazônia

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão esteve no Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), em Manaus, no dia 17 de fevereiro, quando se reuniu-se com equipe técnica da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), visitou laboratórios do Centro e concedeu também coletiva de imprensa para discutir detalhes relacionados, principalmente, ao funcionamento do Conselho da Amazônia – organismo reativado no último dia 11 de fevereiro por meio de decreto assinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

“O Conselho buscará agir dessa forma porque os problemas aqui, em uma região com essas dimensões, são complexos, não envolvem uma só entidade ou ministério. Minha responsabilidade enquanto líder do Conselho será conciliar todos os interesses de modo que o governo federal aja num sentido único e com resultados positivos para a região”, destacou Mourão.

Ele ressaltou que o Conselho da Amazônia atuará baseado em três vetores – proteção, preservação e desenvolvimento. “Temos desafios como a questão do zoneamento econômico ecológico e do ordenamento territorial, para garantir maior liberdade ao empreendedorismo. Existe também um excesso de regulamentação que termina por não atrair os empresários, uma infraestrutura deficiente de portos, aeroportos. Então temos que melhorar essas questões”, citou Mourão.

Bioeconomia – vetor complementar

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteve no CBA no dia 31 de janeiro para conhecer a estrutura e as ações do novo planejamento que a Suframa vem desenvolvendo para o Centro, com vistas a fomentar a bioeconomia na região. Na ocasião, Salles e sua comitiva foram recebidos pelo superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Alfredo Menezes, pelo governador do Amazonas, Wilson Lima, e pelo membro titular da Autarquia no Grupo de Gestão do CBA, Fábio Calderaro. Participaram, ainda, os deputados federais Sidney Leite e Delegado Pablo Oliva.

A comitiva conheceu a estrutura dos laboratórios de cromatografia, química de produtos naturais, cultura de tecido vegetal (produção de plantas in vitro) e central analítica, além de conversar com os pesquisadores das respectivas áreas.
Durante entrevista, Salles destacou a importância do Polo Industrial de Manaus (PIM) para a preservação ambiental na região. “Queremos complementar aquilo que já vem sendo feito, então manter os investimentos, manter toda a atividade que já está sendo desenvolvida; mas avançar nessa agenda da bioeconomia, que tem um potencial muito grande nacionalmente e internacionalmente”, ressaltou.

Segundo o ministro, a Amazônia é a região do Brasil com maior riqueza natural, mas possui baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) devido a uma incapacidade no passado de transformar a riqueza da biodiversidade em efetivamente ganho para a população e desenvolvimento sustentável. “O CBA tem tudo para receber investimentos de empresas ligadas ao setor de cosméticos, farmacêutico, transformação de alimentos, uma série de pesquisas relacionadas a biodiversidade da Amazônia e que uma vez devidamente pesquisadas e transformadas em produto, trará, não só conservação da floresta o desenvolvimento sustentável, mas uma melhoria substancial da qualidade de vida das pessoas”, afirmou.

Segundo Calderaro, a equipe da Suframa está trabalhando para encontrar uma solução por meio da Lei de Inovação. “Encontramos uma brecha no marco legal da Inovação, estamos indo a Brasília semana que vem, juntamos órgãos de controle e procuradores e todos juntos estamos em prol de resolver esse obstáculo. Tão logo vencido, tenho certeza que conseguiremos atrair várias empresas para cá, fugindo um pouco dos recursos públicos e passando a receber capital privado”, afirmou.

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