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Apesar de tudo, o ofício de “Parteira” ainda resiste, conheça o CAIS do Parto e a importância de resgatar as parteiras tradicionais

 

O CAIS do Parto, Centro Ativo de Integração do Ser, em Olinda – Pernambuco, onde a Suely Carvalho é a coordenadora da Rede Nacional de Parteiras Tradicionais do Brasil.

As parteiras chamadas tradicionais, são mulheres que prestam assistência a parturientes antes, durante e após seus partos.

 

Antigamente, as parteiras ficavam muitos dias na residência da grávida, na qual ela ficava rezando, cantando e auxiliando nas tarefas domésticas da casa, enquanto esperava a hora do parto. Responsável por preparar as ervas medicinais que eram utilizadas para reduzir o desconforto e o sofrimento das gestantes.

Quando chegava a hora do parto elas usavam luvas, lavavam as mãos e alguns materiais de procedimentos eram fervidos e colocados no álcool.

 

Elas tinham muito cuidado com o umbigo do bebê para que não tivesse nenhuma infecção.

Após o parto feito, a parteira ia diariamente visitar a mãe e o recém-nascido para ver como estavam, se o umbigo já tinha caído, auxiliava na recuperação da mãe verificando se estava com um alimentação correta para a amamentação

Elas fazem parte das nossas vidas desde o início da humanidade, estima-se que hoje em dia existam mais de 60 mil parteiras no Brasil, e a sua grande maioria atua nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste.

Eram mulheres que aprenderam esse ofício de receber vidas com suas avós, mães e tias, uma grande tradição dentro das famílias.

Assim como resgatar as parteiras tradicionais, também tem as rezadeiras e benzedeiras, que ajudam com suas orações, remédio caseiros e muita fé em tudo o que elas fazem.

A ONG CAIS do Parto é muito importante, um trabalho que resgata as tradições dessas mulheres e a possibilidade de ocorrer o parto normal em várias comunidades onde não tem acesso a hospitais.

Segundo Suely Carvalho as parteiras tradicionais são portadoras de dons divinos, e acabam esquecendo que são mulheres trabalhadoras, mas sem salários, direito a férias, hora extra, remuneração, aposentadoria por tempo de serviço, sem domingo e nem feriado, e sujeitas às condições mais diversas de tempo.

A importância da parteira tradicional é fazer tudo com responsabilidade e carinho, fazer o bem para as outras pessoas. São mãos sagradas que trazem uma vida ao mundo, mas pouco respeitadas e valorizadas.

@ Luz da Aurora – Cais do Parto                                                                                                                            

 

 

Escritora

Márcia Ximenes Nunes Chaiben

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