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Amazonas apoia atualizações do Banco Ativo de Guaraná, da Embrapa Amazônia Ocidental

Enriquecer e conservar o Banco Ativo de Germoplasma de Guaraná (BAG), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Amazônia Ocidental, estão entre os principais objetivos de pesquisa apoiada pelo Governo do Amazonas, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), intitulada “Conservação e uso da coleção de genótipos de guaranazeiro no Amazonas”.

O estudo apoiado pelo Programa Amazonas Estratégico, da Fapeam, promoveu a manutenção e o melhoramento genético do guaraná, o que causou o maior rendimento de sementes por planta, o maior teor de cafeína, além de permitir o aumento da tolerância às principais doenças do guaranazeiro, como a antracnose e o superbrotamento.

A primeira é causada pelo fungo Colletotrichum guaranicola, ocasionando em danos na redução da população, na produtividade e na qualidade de semente da fruta típica da Amazônia. Já o superbrotamento ocorre devido à presença do fungo Fusarium decemcellulare na planta, acarretando uma multiplicação exagerada de células, o que implica no atraso do desenvolvimento do guaraná, desde o estágio de muda.

Dados da pesquisa

De acordo com o coordenador do projeto, André Luiz Atroch, do grupo de pesquisa Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Ocidental (CPAA – Embrapa Amazônia Ocidental), o estudo colabora com mudanças que impactam diretamente a produção. “Isso implicará no aumento de renda tanto de pequenos como de grandes produtores, visto que o uso de cultivares melhoradas é uma tecnologia de fácil utilização e de baixo custo”, disse.

Outros dados coletados com o estudo foram a identificação de genótipos com alto teor de cafeína (>10%), e também genótipos descafeínados (<1%). Esses números significam que se abre uma ampla possibilidade para o surgimento de bioprodutos (produtos de origem biológica) com uso nas indústrias de alimentação, saúde, beleza e fármacos.

“Para o guaranazeiro, a conservação com plantas vivas no campo apresenta-se como a forma adequada de conservação desta espécie, devido às sementes serem recalcitrantes, ou seja, não suportam baixas temperaturas e nem secagem prolongada”, explica o pesquisador.

Os dados morfo-agronômicos coletados e caracterizados quimicamente foram obtidos em 305 genótipos de guaranazeiros. Dessa forma, procura-se a conservação da diversidade genética da espécie com a coleta e, ainda, de um maior número possível de acessos, que representem uma ampla variabilidade genética.

Banco Ativo

O Banco Ativo de Germoplasma de Guaraná fica localizado no quilômetro 29 da rodovia AM-010, ao norte de Manaus, ocupando uma área de 3 hectares (ha), com plantas provenientes dos municípios de: Maués, Urucará, Parintins, Presidente Figueiredo, Itacoatiara e Manaus.

Os dados do Banco Ativo de Germoplasma do Guaraná estão disponíveis para consulta pública no seguinte endereço: https://av.cenargen.embrapa.br/avconsulta/Home/index

*Agência Amazonas 

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