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Amaggi cresce com aquisição de operação do El Tejar em MT

Negócio amplia em 34% a capacidade de produção anual de grãos e fibras da empresa, considerando ambas as safras, chegando a quase 350 mil hectares

A Amaggi, uma das maiores produtoras de grãos e fibras do país, com faturamento de quase US$ 5 bilhões em 2019, assinou contrato para a aquisição das operações do grupo argentino El Tejar no Brasil. Com isso, a gigante brasileira vai incorporar mais 62 mil hectares e elevar sua capacidade de produção em 34%. O valor do negócio, que depende do aval das autoridades regulatórias, não foi divulgado.

É a segunda grande transação entre empresas agrícolas no país desde o fim do ano passado. Em novembro, a SLC anunciou a aquisição dos ativos da Terra Santa, por R$ 550 milhões no total (R$ 65 milhões em dinheiro e o restante em dívidas). A transação incluiu 130 mil hectares, o que ampliou a área plantada da SLC em cerca de 30%.

Especulada há cerca de dois anos, a aquisição foi oficializada na sexta-feira. A área de produção de soja, milho e algodão do Grupo O Telhar Agro – nome da subsidiária da empresa argentina – está distribuída por 14 propriedades em oito municípios de Mato Grosso. Do total, 34 mil hectares estão em fazendas próprias e 28 mil em lavouras arrendadas. Outros 900 hectares são dedicados ao confinamento de gado.

“Esse é um passo importante, que vai certamente consolidar nossa posição como uma das maiores empresas produtoras do país”, disse o presidente da Amaggi, Judiney Carvalho, em nota.

As novas operações serão incorporadas a uma área produtiva que já chega a 259 mil hectares (primeira e segunda safras). “Com a aquisição, conseguiremos aumentar em aproximadamente 34% nossa capacidade anual de grãos e fibras, considerando ambas as safras, chegando a quase 350 mil hectares”.

Entre os ativos adquiridos pela Amaggi estão estruturas de armazenagem e plantas de beneficiamento de algodão em fazendas próprias.

As unidades de produção do El Tejar estão nos municípios de Alto Paraguai, Campo Novo do Parecis, Nova Ubiratã, Novo Santo Antônio, Novo São Joaquim, Primavera do Leste, Rondonópolis e Santo Antônio do Leste.

presidente da Amaggi, Judiney Carvalho

Amazonas perjudicado

O grupo Amaggi é um dos maiores do mundo na produção de soja, comprou terras em Roraima ampliando sua capacidade de produção, mas  mesmo com instalações e cilos em Itacoatiara, praticamente não distribui farelo de soja no Amazonas, o que tem cronicamente prejudicado o setor primário da região que depende de insumos básicos para a fabricação de ração para a avicultura e rebanho em geral.

A Amaggi Logística e Operações concentra-se sobretudo nas operações de navegação. Criaram e administram o Corredor Noroeste de Exportação, formado pelos rios Madeira e Amazonas, por onde são escoados os grãos das regiões noroeste de Mato Grosso e sul de Rondônia há mais de 20 anos. Para isso, contam com uma das maiores frotas fluviais da América Latina.

As embarcações são monitoradas por satélite e utilizam cartas eletrônicas de navegação. Um comboio formado por 20 barcaças é capaz de transportar cerca de 40 mil toneladas de grãos, o que equivale à carga de 1.000 caminhões.

Além disso, tem um estaleiro, em Itacoatiara, para manutenção das embarcações da frota.

Também atuam no Corredor Tapajós-Amazonas, em uma joint venture (Unitapajós) com a Bunge para o transporte de grãos entre Miritituba e Barcarena, no Pará.

Com informação do Valor Agronegócios

Fotos: Divulgação

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