A média histórica é entre 21 e 24 metros e em Manaus o rio chegou a 25 metros e 39 centímetros. Defesa Civil da Prefeitura de Manaus, disse que estão sendo preparadas medidas para uma possível cheia na capital

As águas do Rio Negro atingiram nível acima da média histórica no Amazonas. Nessa quarta-feira (17), o rio chegou a 25 metros e 39 centímetros em Manaus. A média histórica é entre 21 e 24 metros. A pesquisadora em geociências do Serviço Geológico do Brasil e responsável pelo Sistema de Alerta Hidrológico do Amazonas, Luna Gripp, explicou o fenômeno.
O rio Negro é o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas, na Amazônia. É o sétimo maior rio do mundo em volume de água. Tem sua origem entre as bacias do rio Orinoco e Amazônica
Segundo a pesquisadora, nessa época do ano, esse tipo de cheia não afeta os moradores de Manaus, ainda.
No entanto o coronel Fernando Júnior, assessor técnico da Defesa Civil da Prefeitura de Manaus, disse que estão sendo preparadas medidas para uma possível cheia na capital.
Em 2012, Manaus registrou a maior cheia do Rio Negro em 110 anos, atingindo a marca de quase 30 metros. Na ocasião, mais de 5,8 mil famílias foram afetadas pela subida do nível do rio.
Estabilidade
De acordo com a gerente de Hidrologia no Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Jussara Cury, apesar de índices preocupantes registrados em janeiro deste ano, o cenário da cheia em Manaus em 2021 ainda pode ser afetado por uma possível estabilidade nas próximas semanas e pelo comportamento do Rio Solimões.
O CPRM, órgão responsável por esse monitoramento, registrou cotas diárias em Manaus acima de 10cm no mês de janeiro, índice muito superior à normalidade e já se aproximando da máxima para o período.
A gerente de hidrologia explica que nas primeiras semanas de fevereiro, já foi possível observar uma estabilidade, com cotas diárias de 6cm a 8cm.
Texto Dulce Maria Rodriguez
Fonte: Hidrologia no Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e Agência Brasil
Fotos: Divulgação