Algumas soluções encontradas pelos pequenos produtores locais, foi a aquisição de sistema delivery e o investimento em marketing digital, utilizando as redes sociais como meio de divulgação
O agronegócio é um dos setores essenciais para economia brasileira, responsável por um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Assim como outras atividades, o segmento foi surpreendido pela pandemia. Com o isolamento social vários produtores, principalmente a agricultura familiar, não conseguiram escoar suas produções, já que serviços como restaurantes, lanchonetes, escolas, hotéis, bares e feiras livres tiveram que ser fechados.
O analista sênior do agronegócio do Sebrae, Erivan dos Santos, explica que no início da pandemia foi um momento muito difícil para o agronegócio, porque todos os segmentos foram pegos de surpresa. ’’O principal desafio encontrado pelos empreendedores foi continuar a produção, sem a certeza da comercialização’’, ressaltou o analista.
Mesmo com a grande crise gerada pela pandemia, que abalou significadamente o mercado global, o setor tem se mantido forte. O PIB teve uma alta de 13,79% no período de janeiro a agosto de 2020, outro aumento que o setor alcançou no ano passado, foi com as exportações, com 15,3% nos primeiros cinco meses, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
O coordenador de feira da Nilton Lins, Orisvaldo Neves, enfatiza que com o isolamento e restrições imposta pelo governo para conter a propagação do novo coronavírus, afetou diretamente a vida do agricultor.
’’O novo desafio que enfrentamos, é ter a confiança dos consumidores. A feira está funcionando normalmente, respeitando os protocolos de saúde do Departamento de Vigilância Sanitária (Devisa)’’, destacou Orisvaldo.
Nas primeiras semanas de pandemia, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), especificou as atividades essenciais para que o bastecimento de alimentos, bebidas e insumos agropecuário continuasse funcionando. O Decreto n.º 10.282, de 20 de março, assinado pela ministra Tereza Cristina, considerou como essenciais as atividades acessórias, de suporte e a disponibilização dos insumos necessários à cadeia produtiva, entre outros itens, para atendimento à demanda da população.
Soluções
Algumas soluções encontradas pelos pequenos produtores locais, foi a aquisição de sistema delivery, para ajudar na escoação dos seus produtos para clientes próximos e o investimento em marketing digital, utilizando principalmente as redes sociais como meio de divulgação, fazendo com que aumentassem as vendas e os lucros.
Outro fator importante para os produtores rurais, foi a adequação dos preços nos produtos agrícolas. O reajuste médio foi de 8,24%, essas correções servem para garantir parte da receita do produtor, representando um seguro de preço a custo zero.
O preço mínimo também ajuda o produtor a decidir sobre o plantio de cada safra agrícola, apoiando-o em caso de crise de preços no mercado, e é o valor de referência no mercado e não acarreta impacto nas contas públicas, pois, os gastos orçamentários das operações da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) estão condicionados à disponibilidade orçamentária e financeira nas Operações Oficiais de Crédito.
Feira de produtos regionais
A feira é organizada pela Agro Mix, fica localizada no estacionamento da Universidade Nilton Lins, e funciona todas as segundas e quartas, no horário de 15h às 21h. O uso de máscara é obrigatório no local. Dispõe de vendas produtos regionais de 15 municípios do estado do Amazonas e praça de alimentação, que no momento só está funcionando através de drive thru.
Oportunidades
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), realiza a consultorias para ajudar o micro e pequeno empreendedor. As consultorias mais procuradas no momento são a de Georreferenciamento de imóveis rurais, licenciamento ambiental e outorga d’água.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Central de Relacionamento do Sebrae, pelo número 0800 570 0800, onde a pessoa será encaminhada para os gestores do projeto de interesse.
Texto Beatriz Costa
Fotos: Divulgação