Portos do Arco Norte representam uma alternativa para melhorar a competitividade dos produtos agrícolas brasileiros. Viabilizando menor tempo de navegação, redução do frete, custos operacionais e combustível para possibilitar a abertura de novos mercados de origem asiáticas
Os agricultores que utilizam rota marítima pelo Pacífico pode reduzir custos de frete. Conforme indica o Boletim Logístico divulgado nesta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os agricultores que utilizam os portos do Arco Norte (Itacoatiara, no Amazonas, e Itaqui, no Maranhão, Santarém e Barcarena, no Pará, e Salvador na Bahia), podem obter redução de até 35% nos custos do frete por tonelada exportada ao adotar rotas marítimas pelo Pacífico. A queda ocorre mesmo com o pagamento da taxa de utilização do Canal do Panamá.
A análise realizada por técnicos da Companhia mostra o Canal como importante alternativa para melhorar a competitividade dos produtos agrícolas brasileiros, uma vez que pode representar menor tempo de navegação, com decorrente redução do frete, custos operacionais, combustível e emissões, entre outros, bem como possibilitar a abertura de novos mercados de origem asiáticas.
“O que se precisa para atingir esse índice de redução são algumas melhorias na infraestrutura, para adequar a realidade portuária brasileira a essas oportunidades, como a utilização do Canal do Panamá”, pondera o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth.
“Por isso, algumas empresas brasileiras e terminais portuários já assinaram acordo internacional de intercâmbio de informações e cooperação técnica com as autoridades panamenhas”.
Mercado interno de frete
Com o início da colheita da soja, a contratação do serviço de frete rodoviário em janeiro começou aquecida em Mato Grosso.
No entanto, mesmo com o aumento de até 18% nos preços, quando comparado com dezembro do ano passado, os valores ainda estão até 16% menores em relação ao mesmo período em 2020. A expectativa é que as cotações aumentem ainda mais em fevereiro e março, à medida que a colheita da oleaginosa avance pelo país.
Ainda de acordo com o boletim, o mercado de fretes rodoviários deve continuar forte ao longo do 1º semestre, tendo em vista a estimativa de produção recorde, bem como a existência de grande volume de comercialização antecipada.
Com informação da Assessoria da Conab
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