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ADS viabiliza a comercialização dos produtos do setor primário e o mercado consumidor, mesmo nesta pandemia

Desde 2007, a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), realiza o papel de agente catalisador das negociações entre o setor primario e os consumidores.

Possibilita a venda dos produtos de agricultores familiares, produtores rurais, pescadores, extrativistas e suas organizações (associações e cooperativas) para os mercados consumidores, privados e governamentais.

O presidente da ADS, Sérgio Litaiff Filho, conta na entrevista com Agroflorestamazonia.com como os programas da agência estão gerando renda e melhorando a qualidade de vida dos produtores rurais, na capital e no interior do estado; e as estratégias para que a comercialização dos alimentos da agricultura familiar tivesse  continuidade, ainda em tempos de pandemia pelo novo Coronavirus.

-1 Agroflorestamazonia: Presidente Sérgio Litaiff Filho, o que aconteceu com o Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme) durante a período que os alunos estiveram sem aulas pela pandemia?

-Sergio: Durante a pandemia o Projeto de Lei n° 139/2020, que dispõe sobre a aquisição emergencial dos gêneros alimentícios produzidos por agricultores, associações, agroindústrias e cooperativas credenciados no Edital n° 003/2019, da Agência de Desenvolvimento Sustentável, foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas.

Dessa forma, o Preme teve continuidade no período da pandemia mas, os alimentos adquiridos foram doados para instituições cadastradas na Sejuscam, na Seas e na FPS, para atender a parcela da população suscetível aos riscos ocasionados pela falta de segurança alimentar, bem como garantir alimentação e contribuir com a renda de 905 credenciados no programa em todo o estado.

O Preme, comercializou até setembro deste ano, um total de R$ 7,1 milhões com a venda de 1,3 toneladas de mercadorias oriundas da agricultura familiar, apesar de ter um orçamento estimado de R$ 40 milhões para 2020, que foi prejudicado em razão da pandemia.

Do total, R$ 4,8 milhões foram adquiridos durante o pico da pandemia, onde, em ação emergencial, o Governo do Estado implementou a política emergencial da compra de alimentos da agricultura familiar, que forneciam às escolas, para doação dos produtos à entidades cadastradas nas secretarias de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e de Assistência Social (Seas), e do Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS).

Além disso, em razão de nossas feiras não estarem funcionando por conta do decreto de calamidade, nós conseguimos pagar aquilo que estimamos seria o 50% do faturamento dos feirantes que equivale a R$ 1,6 milhão.

Com o retorno para as aulas a partir do 10 de agosto nos retomamos o Preme e temos um orçamento estimado para aquisição de produtos da agricultura familiar em um valor de R$ 15 milhões, que está sendo executado até o final do ano letivo 2020.

No que diz respeito ao credenciamento, houve um aumento expressivo. Em 2018, tínhamos 420 produtores, associações e cooperativas credenciadas no Preme, em 2019 foram 554, e em 2020, saltou para 905 cadastrados, quase o dobro em relação ao ano passado em virtude da credibilidade que o programa tem passado para os produtores, agroindústrias e associações.

2- Agroflorestamazonia: Observamos que com a pandemia diminuiu o fluxo da entrega de moveis para as escolas. O que está sendo feito para retomar o programa que compra mobiliário para colocar nas escolas?

-Sergio: Para o Programa de Regionalização do Mobiliário Escolar (Promove), abrimos um Edital no início do ano e o encerramento estava previsto para o dia 23 de março mas, o 16 de março houve a decretação de calamidade pública por conta do coronavirus, com isso houve outros decretos entre eles o que contemplam o contingenciamento de gastos, e muitas secretarias tiveram seu orçamento contingencial para remanejar recursos para saúde.

Já quando o decreto de contingenciamento foi revogado em agosto, e as coisas foram voltando “para normalidade”, publicamos a relação de credenciados. Muitos dos moveleiros já tínhamos visitados, já tinham muitos mobiliários prontos.

O Promove adquiriu 1.299 mil móveis para escolas da rede pública através da ADS, beneficiando 42 movelarias de Manacapuru, Manicoré, Parintins, Humaitá entre outros municípios do interior, movimentando R$ 6,2 milhões. Além do fornecimento a Rede Estadual de Ensino, este ano o programa também passou a ofertar móveis para secretarias e órgãos vinculados ao Governo do Estado.

– Em 2019, o Promove, credenciou 42 movelarias de 20 municípios, movimentando aproximadamente R$ 6 milhões em recursos. Foram adquiridas mais de 6.227 mil unidades de móveis para as escolas da Rede Pública Estadual. Os principais municípios fornecedores: Atalaia do Norte, Boa Vista do Ramos Borba, Carauari, Careiro Castanho, Eirunepé, Humaitá, Itacoatiara, Lábrea, Manacapuru, Manaus, Manicoré, Novo Airão, Novo Aripuanã, Parintins e Rio Preto da Eva.

– Em 2018, 50 associações/cooperativas moveleiras de 23 municípios foram beneficiados pelo programa. Dos R$ 4.986 milhões no período de janeiro a outubro, foram executados 3.485.830 milhões, restando para o último bimestre R$ 1.500.170 milhões.

3-Agroflorestamazonia: Como está a questão do Balcão do Agronegócios?

-Sergio: É uns dos programas que temos grande satisfação de conduzir, porque funciona de forma muito proveitosa aqui na capital e municípios da Região Metropolitana. Nesta semana temos a entrega de 20 toneladas de produtos escoados através de Nova Era que tem sido um grande parceiro da ADS.

Temos um projeto de ampliação do Balcão do Agronegócio para o interior do estado. No entanto, planejamos fazer um trabalho de logística por calas: Baixo Amazonas, Alto Solimões, Purus, Madeira. Com isso, a partir do início do ano que vem, trabalharemos as vocações dos municípios para que abasteçam os comércios locais e dos municípios adjacentes.

À esquerda, superintendente do Grupo Nova Era, Marcelo Gastaldi ao lado o presidente da ADS, Sérgio Litaiff Filho

4-Agroflorestamazonia: O senhor já tem os números do Balcão do Agronegócios?

Sergio: – Sim, este ano por meio do Balcão de Agronegócios, a Agência intermediou a venda de 1,4 toneladas de alimentos, movimentando R$ 2,5 milhões, até o mês de setembro em produtos regionais, oriundos de 15 municípios: Anamã, Autazes, Careiro do Várzea, Coari, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Manaus, Manaquiri, Manicoré, Novo Remanso, Parintins, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva e Caapiranga.

Os alimentos são muito daquele excedente dos produtores que não tinham para onde escoar e buscam a ADS para realizar o trabalho. A Agência realiza o trabalho de catalisador realmente.  

O ano 2019 o Balcão intermédio em vendas R$ 3.7 milhões e a tendência é de crescimento do 20%.

Entre os principais produtos comercializados: açaí, macaxeira, batata doce, pimenta murupi, jerimum, banana, milho, abobrinha, repolho, melancia, castanha, couve, cupuaçu, mamão, abacaxi, acerola, pepino, alface, limão, banana pacová, Cará-roxo, taperebá polpa, acerola polpa, abacaxi fruto e polpa.

Os produtos tiveram como destino o supermercado Nova Era e Feira Manaus Moderna.

Por meio do Balcão de Agronegócios, a Agência intermediou, em 2019, a venda de R$ 3.764.820,80 milhões em produtos regionais, oriundos de 15 municípios, que tiveram como destino supermercados, agroindústrias e restaurantes na capital. Os principais compradores foram Nova Era, Supermercados DB, Atacadão, Feira Manaus Moderna, Supermercados Rodrigues e Big Amigão;

Municípios participantes: Amaná, Autazes, Careiro do Várzea, Coari, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Manaus, Manaquiri, Manicoré, Novo Remanso, Parintins, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva e Caapiranga;

Açaí, macaxeira, batata doce, pimenta murupi, jerimum, banana, milho, abobrinha, repolho, melancia, castanha, couve, cupuaçu, mamão, abacaxi, acerola, pepino, alface, limão e taperebá; foram os principais produtos comercializados.

 Em tempos de cheia, o Balcão de Agronegócios intermediou a comercialização de produtos ameaçados pela cheia dos rios. Como a venda de mais de 200 toneladas de jerimum produzidos no município de Manaquiri;

 Em 2018, o programa movimentou R$ 4.311.453,70 milhões.

5-Agroflorestamazonia: Quanto milhões a ADS comprou em alimentos dos produtores rurais, até o momento, para disponibilizar para as populações em estado fragilizado com a pandemia e para o povo em geral?

-Sergio: A missão principal da ADS com determinação do governador Wilson Lima é de fato apoiar ao setor primário, aos produtores e entidades da classe, no sentido de fomentar essa comercialização.

Por conta disso, estamos ampliando o número de feiras de produtor regionais no interior do estado. Antes da pandemia tínhamos 21 no total, 7 na capital e 15 no interior. Atualmente, em quantitativo são 9 feiras na capital e 28 no interior, das quais só 14 estão ativas. Totalizam 780 produtores rurais, associações, cooperativas, agroindústrias e empreendedores os que participam das feiras da ADS na capital e no interior.

A determinação do governador é que seja feita a interiorização dos investimentos. Que sejam feitas as entregas constantemente durante a pandemia. Neste ano o propósito era abrir 18 feiras o que não foi possível pela pandemia. Foram inauguradas novas feiras nos municípios de Nhamundá, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Tabatinga, Manicoré, São Paulo de Olivença, Atalaia do Norte, Maués, Benjamim Constant e Parintins.

A atual gestão investiu R$ 2.865.090,00 para aquisição de novas tendas, expositores de pescado, coletes, bonés, faixas, mesas e cadeiras para a ampliação do programa de feiras da Agência. Devemos dobrar o quantitativo de feiras desde a época que o governador Lima assumiu até o final do segundo ano do mandato dele.

De janeiro a setembro de 2020, as Feiras da ADS em Manaus movimentaram R$ 7,9 milhões, com a comercialização de mais de 5.679.793 mil quilos de produtos regionais. Mais de 499.709 mil visitantes. Devido a pandemia, os feirantes tiveram a oportunidade de realizar suas vendas em delivery.

Na Capital, mais uma feira foi inaugurada, desta vez no Centro de Convivência da Família Magdalena Arce Daou, totalizando 9 feiras na capital,  realizadas em parceria com o Shopping Ponta Negra, Sumaúma Park Shopping, Manaus Plaza Shopping, Comando Geral da Polícia Militar, Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignola, Centro Associativo dos Suboficiais e Sargentos da Aeronáutica em Manaus e Centro Estadual de Convivência da Família Magdalena Arce Daou;

De janeiro a dezembro de 2019, as Feiras da ADS em Manaus movimentaram R$ 18 milhões, com a comercialização de mais de 6.513.304 mil quilos de produtos regionais. Mais de 970 mil visitantes. Em 2018, as feiras na capital movimentaram R$ 17.236.431,34;

– Na capital, as feiras do governo são realizadas em parceria com o Shopping Ponta Negra, Sumaúma Park Shopping, Manaus Plaza Shopping, Comando Geral da Polícia Militar, Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignola, Centro Associativo dos Suboficiais e Sargentos da Aeronáutica em Manaus.

A edição da Feira da ADS realizada às sextas-feiras no Shopping Ponta Negra ganhou uma ala específica para produtos orgânicos. Os alimentos são comercializados pela Associação dos Produtores Orgânicos de Iranduba (Apoi) e Associação do Ramal do São Francisco.

No interior, as Feiras de Produtos Regionais da ADS estão presentes em 28 municípios, estando 14 em funcionamento por conta da pandemia do novo Coronavírus. Elas movimentaram, neste ano, R$ 2.862.050,25, com a comercialização de mais de 773.570 mil quilos de produtos. Mais de 123.300 mil visitantes.

Foram inauguradas novas feiras nos municípios de Carauari, Tapauá, Alvarães, Tefé e Boca do Acre com a entrega de kits feira, contendo: expositores de pescado,

Em 2019, as Feiras da ADS movimentaram R$ 5.200.000,00, com a comercialização de mais de 1.079.700 mil quilos de produtos. Mais de 230 mil visitantes. Em 2018, as feiras no interior movimentaram R$ 4.839.761,36

No interior, as Feiras de Produtos Regionais da ADS estão presentes em 28 municípios, estando 14 em funcionamento por conta da pandemia do novo Coronavírus. Elas movimentaram, neste ano, R$ 2.862.050,25, com a comercialização de mais de 773.570 mil quilos de produtos. Mais de 123.300 mil visitantes.

Foram inauguradas novas feiras nos municípios de Carauari, Tapauá, Alvarães, Tefé e Boca do Acre com a entrega de kits feira, contendo: expositores de pescado,

Em 2019, as Feiras da ADS movimentaram R$ 5.200.000,00, com a comercialização de mais de 1.079.700 mil quilos de produtos. Mais de 230 mil visitantes. Em 2018, as feiras no interior movimentaram R$ 4.839.761,36

Entrevista Antonio Ximenes, diretor de redação
Texto Dulce Maria Rodriguez, subeditora
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