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“A sociedade decide o rumo da nação”, diz Exército Brasileiro à novos generais escolhidos por presidente

No que diz respeito a assuntos militares, a notícia mais importante da semana sem dúvida foi a posse de vários oficiais generais nas 3 forças armadas. Esses oficiais foram os primeiros promovidos por ato oficial do presidente Lula, que junto com a sua esposa Janja os cumprimentou pessoalmente. Em uma nota de saudação aos novos oficiais generais, o exército brasileiro destacou que a espada de Caxias que foi recebida pelos mesmos é o símbolo da autoridade, da liderança, do compromisso e das virtudes.

Redigida pelo General de Exército Fernando José Sant’ana Soares E Silva, dirigida aos novos oficiais generais da força terrestre, parte do texto, claramente inserida por conta das reiteradas acusações contra a força terrestre, que teria se deixado imiscuir na política eleitoral, deixa bem claro para os novos estrelados que uma das funções das Forças Armadas é garantir que a própria sociedade escolha os rumos tomados pela nação: “Temos que estar sempre em condições de, junto com as nossas Forças coirmãs, a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira, garantirmos a autonomia para que a sociedade brasileira decida o rumo de nossa Pátria“.

A nota do exército ressaltou ainda o compromisso de lealdade que estes oficiais devem ter com os seus subordinados: “… privilegiar o nosso bem mais valioso, os homens e as mulheres que integram o Exército Brasileiro“.

 

SAUDAÇÃO AOS OFICIAIS-GENERAIS RECÉM-PROMOVIDOS

No dia de hoje, por delegação de nosso Comandante, o General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, tenho a honra de saudar, em nome da nossa Instituição, e pela primeira vez como Chefe do Estado-Maior do Exército, os oficiais generais recém promovidos.

Parece difícil ser original ao discursar em uma cerimônia que se repete três vezes a cada ano. Entretanto, as circunstâncias se renovam, as gerações se sucedem e os desafios se apresentam com nova roupagem.

Hoje, nos rejubilamos com a promoção de três generais que, ao atingir o último posto da carreira, passam a compor o Alto-Comando do Exército, além de sete generais de divisão e quinze generais de brigada. Todos foram submetidos e selecionados no contexto de rígido e criterioso processo meritocrático. Os senhores atingiram o ápice da hierarquia militar, fruto de uma longa, rica e vocacionada carreira.

Permitam-me, todavia, neste dia marcante, dirigir-me precipuamente aos generais de brigada aqui perfilados, escolhidos para contribuir com os desígnios futuros da Força Terrestre.

Jovens generais! Vivam ainda mais intensamente o propósito, os princípios e os valores da Instituição, que deposita plena confiança nos senhores.

Em breves instantes, os senhores receberão a réplica da espada do nosso Patrono. O Duque Imortal empunhou seu invencível gládio em diversos e importantes momentos da história do nosso País, pacificando conflitos internos e consagrando-se nas campanhas externas em defesa da Pátria. O resultado de seus feitos traduziu-se no restabelecimento da paz, na restauração da lei e da ordem, na manutenção da integridade territorial e da unidade de nosso País. Nesse contexto, a suprema homenagem à sua memória é renovar, nesta data, o firme propósito de tê-lo como exemplo de soldado e de cidadão, cultivando, em cada um de nós, as qualidades que em tão alto grau ele possuía.

O Exército de Caxias, que passarão a liderar, está alicerçado em bases sólidas, tanto morais quanto profissionais. Depositamos nos senhores a confiança na manutenção de uma Força preparada e coesa, inspirada nos heroicos feitos de nossos antepassados, mas com o olhar voltado para os desafios futuros.

Os desafios que se descortinam à frente não são distintos dos superados por seus antecessores, que construíram um Exército respeitado, profissional e apartidário, um instrumento da sociedade brasileira. Nesse cenário, no futuro, sem sombra de dúvida, nosso País sofrerá todo tipo de pressão de potências estrangeiras, inclusive militar, com a finalidade de coagir o povo brasileiro a atender interesses outros.

Temos que estar sempre em condições de, junto com as nossas Forças coirmãs, a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira, garantirmos a autonomia para que a sociedade brasileira decida o rumo de nossa Pátria. Assim, não só devemos estar prontos para entrar em combate, como devemos estar prontos para ganhar a guerra, ser uma Força respeitada pelo nosso povo e temida por aqueles que, por ventura, queiram atentar contra a nossa soberania.

Para atingir esse objetivo, temos que trilhar dois caminhos: fazer com que cada centavo dos escassos recursos orçamentários que nos são disponibilizados se transformem em poder de combate; e privilegiar o nosso bem mais valioso, os homens e as mulheres que integram o Exército Brasileiro, desenvolvendo a liderança em todos os níveis e aprimorando o espírito militar.

Dirijo-me agora aos familiares, que merecem nosso preito de agradecimento e especial destaque. Eles, em algum lugar do passado, passaram a caminhar junto aos senhores nesta longa empreitada. Também foram submetidos a uma vida dura e austera, apoiando-os nos momentos mais difíceis e sofrendo com suas ausências. Da mesma forma, assumiram conjuntamente os votos de dedicação integral e sacrifício. Nossa reverência a todos os seus entes queridos, presentes e ausentes, que, certamente, merecem as mesmas congratulações por essa meritória conquista.

Jovens generais! Orgulhem-se de ostentar, a partir de hoje, a réplica da espada de Caxias, símbolo da autoridade, da liderança, do compromisso e das virtudes. Sob esses valores, trilhem seus caminhos e inspirem seus comandados. Sejam a verdadeira alma da Força Terrestre, que mantém aprestado seu braço forte para a defesa da Pátria e a mão amiga sempre estendida à nossa gente.

Estimados generais! Prossigam na missão, respaldados pela confiança que a Nação Brasileira lhes deposita! Ao cumprimentá-los, hoje, como líderes de elevadas responsabilidades, renova-se a certeza de um Exército uno e coeso, comprometido com a sociedade da qual faz parte e sempre pronto a cumprir nossas missões constitucionais.

 

 

Fonte: Revista Sociedade Militar.

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