4ª edição do Festival Paraense agita o final de semana em Manaus
Beatriz Costa
Esse último final de semana foi marcado pela 4ª edição do Festival Paraense, realizado pela Mode On Eventos. O evento teve duramento de três dias (31/03, 01 e 02/04), e aconteceu no Espaço Via Torres, localizado na Rua Visconde de Pôrto Seguro, bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus.
O evento proporcionou aos conterrâneos paraenses, shows musicais, pratos regionais, espaço kids, estandes de artesanato, além de um espaço instagramável com os principais pontos turísticos de Belém, como o Ver-O-Peso e a igreja de Nazaré.
O coordenador do evento, Carlos Junior, falou que o evento veio da importância de homenagear a migração paraense no Amazonas, só em Manaus estima-se que residem cerca de 450 mil habitantes originários do Pará.
“A comunidade Paraense é muito grande em Manaus, criamos o festival com o intuito de homenageá-los. Trabalhamos em cima principais pilares da cultura do Pará, como a gastronomia, que é internacionalmente conhecida; a música, com o carimbó, o tecnobrega e o brega; e também trouxemos os principais pontos turísticos, nos espaços instagramável. O Paraense é muito orgulhoso de sua origem, então quisemos trazer toda essa originalidade da cultura pra dentro do evento, para que eles se sintam, pelo menos um pouco, representados ou dentro do Pará, e se sintam bem e felizes aqui”, destacou o coordenador.
O evento contou com várias barracas de comidas típicas, como pato no tucupi, maniçoba, arroz paraense, tacacá, farofa de camarão e açaí. Como a barraca ‘Delícias da Paula‘, a proprietária Paula Viana, que é uma paraense nata, escolheu Manaus como sua casa a mais ou menos 20 anos, hoje trabalha só em eventos, reproduzindo os pratos típicos de sua terra, falou um pouco sobre o festival.
“Esse evento aqui, está sendo espetacular, foi além das minhas expectativas, poder trazer um pouco da minha cultura e do meu trabalho aqui”, frisou Paula.
Além da comida, o público pode apreciar os estandes de artesanatos, com trabalho e obra-prima da região. O artesão Márcio Almeida esteve no festival mostrando um pouco do trabalho de sua empresa ‘Goodstrap‘, que é voltada para o artesanato com couro.
“Esse tipo de trabalho é atípico da nossa região, comecei a trabalhar na pandemia com o artesanato, e tive muita influencia de trabalhos estrangeiros pela internet. Eu quis produzir produtos com matérias-primas daqui, então eu regionalizei com insumos da nosso estado, utilizando madeira e o couro de pirarucu, que é um dos insumos mais valorizados em outros estados e até mesmo fora do país”, ressaltou o artesão.
Já a Júlia Duarte, estava no estande mostrando seu trabalho com crochê, da sua empresa ‘Arts Florlinda‘, que trabalha tudo o que envolve a arte com as linhas, e salientou sobre a importância da festa. “A feira fez a gente alcançar um público bem grande, mesmo que muitos ainda não comprem, mas já conhece o nosso trabalho”, falou.
O seu Waldecir Oliveira, paraense, mora em Manaus há 10 anos, estava com uma exposição de artesanato familiar, que vem direto de Icoaraci, distrito de Belém-PA. Ele e a esposa vendem peças de olaria em sua própria residência, produzidos por familiares que moram no Pará.
“É a primeira vez em um evento como este, e foi muito bom, pois deu uma maior visibilidade ao nosso trabalho, que é único aqui, um artesanato bem regional, direto de Icoaraci, em Belém”, ressaltou seu Waldecir.
A professora Eulalia Almeida, que é paraense e reside em Manaus, veio com a família aproveitar o evento, e disse que gostou muito, principalmente da comida. “Eu achei que faltou um pouco mais de artesanato, mas a gastronomia, está aprovadíssima, e a música também, tudo muito bom”, opinou.