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Peixe na Mesa e na Economia: O Crescimento da Piscicultura no Amazonas

A piscicultura é uma atividade aquícola que vem crescendo rapidamente no Brasil. Essa prática consiste na criação de peixes para fins comerciais em ambientes controlados, como açudes, viveiros escavados e tanques-rede. Na Amazônia, que abriga a maior bacia hidrográfica do mundo, a pesca artesanal continua sendo a principal fonte de renda para mais de 50 mil pescadores no estado do Amazonas.

Na piscicultura, mais de 4 mil produtores atuam no setor, sendo responsáveis por uma produção superior a 15 toneladas de peixe, segundo o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM). O clima e o solo favoráveis, a abundância de água e a diversidade da fauna favoreceram o início da piscicultura no estado na década de 1980. Os principais polos dessa atividade estão nos municípios de Manaus, Rio Preto da Eva, Iranduba, Manacapuru, Presidente Figueiredo, Itacoatiara, Careiro Castanho, Benjamin Constant e Humaitá.

O Amazonas se destaca como o maior consumidor de tambaqui, mas a espécie mais produzida no estado é a matrinxã, que possui a maior produção do Brasil. Já o pirarucu, muito valorizado e sempre presente em pratos sofisticados, aparece como o quarto peixe mais cultivado em escala nacional.

Para o secretário de Aquicultura e Pesca e piscicultor do município de Codajás, Josias Lopes de Castro, um dos grandes desafios enfrentados pelos produtores é a logística e a falta de estrutura.

“O grande desafio que encontramos é a falta de estrutura nas estradas e ramais para escoar a produção. A falta de locais de armazenamento também é um problema com o qual temos que conviver”, disse o secretário e produtor da região.

Quando perguntado sobre o potencial da piscicultura para pequenos e grandes produtores, o secretário afirmou:

“Temos um potencial muito grande para desenvolver a atividade, mas dependemos de alguns fatores, como equipamentos para a construção de viveiros, principalmente para o pequeno produtor.”

Sobre incentivos financeiros, Josias reconhece que eles existem, mas destaca que a burocracia dificulta o acesso.

“Linha de financiamento até existe, mas a possibilidade de adquiri-la é pouco viável, principalmente devido às exigências documentais junto aos órgãos reguladores da atividade.”

Atualmente, o Amazonas ocupa a quinta colocação no ranking nacional, com uma produção de 21,3 toneladas de peixes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Texto: Caio Vinícius Vilaça

Fotos: Divulgação

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