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A sagrada chama crioula dos gaúchos

São inúmeros os registros que mostram a importância do fogo na nossa vida. É um elemento que consome, aquece e ilumina nossos dias. É um princípio criador, símbolo da energia vital, da purificação, da espiritualidade, do entusiasmo e do ardor.

        No dia 7 de setembro, o fogo simbólico simboliza a nossa Pátria brasileira. O fogo é o símbolo da fertilidade, do calor. O fogo simbólico expressa o sentido patriótico de um povo, sua Pátria. Ele aquece o amor pelo nosso chão adorado e seu passado de lutas. Assim como o fogo que aquece o sentimento pátrio, a Chama Crioula encarna a beleza de nossa tradição gaúcha.

        Em 1947, o folclorista Paixão Cortes, liderando um grupo de estudantes, fundou o Departamento de Tradições Gaúchas do Grêmio Estudantil Júlio de Castilhos de Porto Alegre. Tomando uma centelha do fogo simbólico, instituiu as comemorações farroupilhas e a chama crioula é um símbolo dos gaúchos. Mostrando que as tradições estavam vivas e a chama haveria de encarnar o espírito heroico dos farroupilhas, ficaria aceso os ideais de justiça e liberdade, com a bandeira do RS sempre erguida pelo povo gaúcho.

A chama crioula fica acesa nos municípios e nas entidades tradicionalistas durante a Semana Farroupilha, de 13 a 20 de setembro, terminando com o desfile de cavalarianos no dia 20. A chama crioula representa para nós gaúchos e tradicionalistas, a história, a tradição, a alma gaúcha, a chama acesa reverencia o nosso passado, com os cultos e os feitos que nos orgulham tanto.

      Nós gaúchos temos orgulho de nossa bandeira, do nosso hino e da nossa chama crioula. Aqui no Rio Grande do Sul, já se aprende desde guri a cantar o hino do RS, sendo uma grande prova de nossa tradição. Essa chama crioula fica acesa nos nossos corações pelo ano inteiro e nessa semana recordamos todos os feitos dos nossos heróis farroupilhas.

“Naqueles tempos, sim. “

         …Naqueles tempos, sim,

            naqueles tempos.

            Os chefes eram chamados coronéis

            ganhavam seus galões debaixo da fumaça.

            Em peleias a pata de cavalo

            garruchas de um tiro só e espadas

            de bom aço…

            Por isso a cidade chegou até aqui

            por isso estamos aqui

            netos e bisnetos desses homens.

            Dessas mulheres, netas e bisnetas.

            Naqueles tempos, sim,

            Naqueles tempos.

Poesia de Apparício Silva Rillo

Texto: Márcia Ximenes Nunes

Fotos: Divulgação 

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